Fotos e vídeos de armas de fogo, munições e droga foram encontradas no aparelho de telefone celular utilizado pelo jovem natural de Inhapi Wellington Pereira dos Santos, conhecido como “Índio”, 23, assassinado dentro do carro do advogado, na tarde da última quarta-feira (9), na Rua Dom Antônio Brandão, no centro da cidade de Mata Grande.
Ele aparece em fotografias e vídeos empunhando armas de fogo, entre elas duas pistolas e um revólver. Uma das fotos mostra alguns pacotes com um pó que pode ser entorpecente. A Polícia Civil acredita que as armas que aparecem nas imagens foram utilizadas em assassinatos e trabalha para localizá-las.
Uma pistola .40, que aparece nas fotos, teria sido furtada da sede do Grupamento de Polícia Militar (GPM) de Inhapi e utilizada no assassinato de Carlos Alberto Silva, conhecido como “Cabeça”, 46, morto com vários disparos de arma de fogo, no dia 19 de novembro de 2017, enquanto chegava em casa, na entrada da cidade.
A investigação policial aponta “Índio” como autor do referido assassinato e de outros crimes ocorridos recentemente em Inhapi. Ele teria participação nas mortes dos irmãos marchantes Raimundo Pereira da Silva e Damião, mortos a tiros entre 22 de novembro e 17 de dezembro de 2018.
Além disso, ele também seria responsável pelo assassinato de um senhor, crime ocorrido no município de Canapi. A polícia suspeita de que ele tenha participação em mais de dez homicídios ocorridos na região, cujos motivos estão sendo investigados.
Segundo o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), “Índio” já tinha passagens policiais por porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio, e o assassinato pode estar relacionado a acerto de contas ou queima de arquivo, inclusive no telefone dele existem áudios que reforçam a linha de investigação.
“Índio” tinha acabado de prestar depoimento no Cisp, quando foi morto. Ele estava dentro do carro do advogado Wesley Júnior, quando foi atingido com um disparo de espingarda calibre 12. Gravemente ferido, o rapaz foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu enquanto era transferido para um hospital.
O advogado, que estava conduzindo o carro no momento do atentado, ficou ferido apenas com estilhaços. Ele foi levado para o hospital da cidade, onde foi medicado e recebeu alta em seguida.
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