Com 56 votos favoráveis, 19 contrários e uma abstenção, o Senado aprovou nesta terça-feira (1º), em primeiro turno, a Reforma da Previdência encaminhada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e sua equipe econômica, encabeçada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Dos três senadores alagoanos, somente Rodrigo Cunha (PSDB) votou favorável à Reforma. Já Renan Calheiros (MDB) e Fernando Collor (PROS) votaram contra ela.
O governo esperava economizar R$ 876 bilhões em 10 anos com o texto aprovado. Mas a aprovação de um destaque do partido Cidadania sobre o abono salarial para trabalhadores de baixa renda reduziu essa projeção em R$ 76 bilhões, segundo portal Poder 360.
Os sindicatos de várias categorias criticam a Reforma da Previdência, pois apontam prejuízos aos trabalhadores com perdas de direitos e de qualidade de vida. Mas não só eles. Vários especialistas e pesquisadores do tema também criticam a medida
Segundo a economista Denise Gentil, professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) especializada em contas públicas e Previdência, a Reforma traz regras muito duras e que atingem em cheio 30 milhões de brasileiros que dependem diretamente desses benefícios (garantidos atualmente pela Previdência) par sua sobrevivência e de sua família. A declaração foi dada ao portal UOL.
“Você pode até reduzir o gasto com Previdência, mas não é só para isso que se deve olhar; vai haver aumento da pobreza, e pobreza não é um bom negócio”, emendou a especialista, na mesma entrevista ao UOL.
“O Brasil é muito generoso em desonerações e renúncias fiscais, que reduzem a arrecadação", disse o advogado e presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários) Roberto de Carvalho Santos. "O ideal seria rever isso e equilibrar o cofre antes de partir para a retirada de direitos”, salientou, também para o UOL.
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