Quem já não se contagiou pelo clima festeiro do São João? Essa festa de características ditas caipiras foi agraciada pelo povo nordestino e hoje toma conta de nove estados do Brasil que vai desde Maranhão ao Norte da Bahia.
O mês de junho é muito especial para a região Nordeste do Brasil, pois é nesta época que o sertanejo se prepara para receber uma de suas maiores festividades: a chegada dos dias 23 e 24, datas que homenageiam São João.
As festas juninas, que começam no dia 12, véspera do Dia de Santo Antônio, são comemoradas com grande expressividade, principalmente pelo povo nordestino. O sertanejo realiza as celebrações populares com comidas típicas, fogueiras, danças e muito forró caipira.
É também no mês de junho que a esperança e a alegria do povo nordestino se renovam, pois é através das chuvas (raras na região) que o agricultor se prepara para plantar feijão, milho e outros alimentos que sustentam a família. É neste período que a esperança ressurge, e o sertanejo rende homenagens e agradece aos santos pela colheita e as poucas chuvas.
Pode-se dizer que o Nordeste está em festa, além das chuvas e da colheita, o povo celebra a vinda de muitos turistas que visitam suas cidades para acompanhar os festejos. Com isso, a economia volta a movimentar a região, seja através das festas populares que ocorrem nas maiores cidades, como Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), seja nas pequenas cidades do interior.
Os festejos juninos são, sem dúvida, uma das tradições mais ricas e seculares de nosso país. A influência brasileira na tradição pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aipim, o milho, o leite de coco, etc. Outro elemento que faz jus às festividades é o forró. Figuras marcantes, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Elba Ramalho, Alceu Valença, Chiquinha Gonzaga, Targino, dentre outras, implementaram, através da música, seus dizeres e renderam homenagens ao povo nordestino.
Entretanto, não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha passos e marcações inspirados na dança da nobreza europeia. De lá para os dias de hoje a quadrilha se modificou, assim como o som da sanfona ou da viola.
Porém, nesta festa típica não pode faltar bolo de fubá, pipoca, cuscuz, pé-de-moleque, quentão, bandeirinhas, fogueira, milho assado ou cozido e muita dança.
Diante de tudo isso, observamos que, com o tempo, as festas foram ‘abrasileirando-se’ e ganhando moldes próprios, porém uma coisa é certa: ninguém resiste às brincadeiras de ‘matuto’, a um milho assado e às músicas caipiras das festas juninas.
Confira abaixo um trecho da música “Sonho de Papel”:
E o balão vai subindo, vem caindo a garoa
O céu é tão lindo e a noite é tão boa
São João, São João!
Acende a fogueira no meu coração!
E o balão vai subindo, vem caindo a garoa
O céu é tão lindo e a noite é tão boa
São João, São João!
Acende a fogueira no meu coração!
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