O padre José Aparecido da Silva, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Delmiro Gouveia, concedeu entrevista, nesta terça-feira (3), ao programa jornalístico Tribuna Popular, na rádio Correio FM, e falou sobre a transferência dele para a paróquia de Água Branca. A conversa ao vivo foi realizada pelo repórter Fábio Guedes e coordenada pelo jornalista e radialista Jota Silva, apresentador do referido programa de rádio.
“Essa informação é verídica, mês passado durante uma reunião, o Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, anunciou oficialmente que na Diocese de Palmeira dos Índios iria haver estas transferências. O Monsenhor Delorizano Marques está deixando a paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Água Branca, e para isso o bispo precisava modificar alguns padres. Ele mexeu nos que estão há mais tempo nas paróquias, pois o prazo para ficarmos a frente de uma paróquia é no máximo seis ou sete anos e aqui em Delmiro este tempo extrapolou, pois já estou há quase dez anos”, disse padre José Aparecido.
O sacerdote disse ainda que já tinha conhecimento que poderia ser transferido e que esta é uma atitude comum no país. “Quando assumi a paróquia, já sabia que isso mais cedo ou mais tarde iria acontecer. Essa é uma prática muito comum nas dioceses do Brasil. Até 2006 eu estava em Quebrangulo, quando fui transferido para Delmiro”, pontuou o pároco.
“Cheguei na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário no dia 16 de novembro de 2006 e estou até hoje. Tem uma previsão que até o fim do mês de junho eu já esteja empossado na paróquia de Água Branca”, explicou José Aparecido.
O pároco ainda falou sobre o sentimento que ele está sentindo a respeito da transferência. “Para mim não é fácil, claro que sentimos um aperto no coração, pois afinal de contas, depois de quase dez anos se cria vínculos, existem amizades sólidas. Agora iriamos provar dos frutos colhidos dos projetos idealizados, mas vamos ter que partir para outra realidade onde existem outras necessidades, outra realidade pastoral completamente diferente, ou seja, vamos recomeçar e recomeçar sempre causa conflitos. Em um padre também se causa, porém é missão", disse também.
O padre continuou, dizendo que "isso gera um pouco de conflito na gente, mas entendemos que é missão e eu aceito, fui ordenado para isso e abraço essas decisões com muito carinho. Claro que como sou humano levo muitas saudades, mas temos que ir para servir nestes outros lugares onde Deus está nos chamando. É um serviço que prometi que faria para a minha igreja, na minha igreja e com a minha igreja, e vou cumprir minhas promessas com o senhor”.
José aparecido disse ainda que "Graças a Deus, aquilo que foi feito aqui e deu tempo de ser feito o outro padre que vem irá continuar. O padre que virá é um padre excelente, muito capaz. Acho que Delmiro vai receber um grande presente de Deus. Rezo a Deus, pedindo graças para que o novo padre continue tudo isso e aquilo que não foi feito seja feito. Não tenho dúvidas que ele irá fazer".
Depois de tomar conhecimento de comentários que atribuíam a transferência dele a interferência política, padre José Aparecido disse que se trata de uma notícia falsa. “Não estava sabendo, mas eu aproveito o momento para deixar claro uma coisa: essa é uma decisão meramente eclesiástica, no âmbito eclesial. Foi uma decisão do bispo diocesano sem nenhuma influência externa, sem pedido por parte de algum político de quem quer que fosse. Até porque quem conhece Dom Dulcênio sabe que ele não aprovaria coisa desse tipo. A transferência está se dando por uma necessidade da diocese. Isto não procede e quem está falando e pensando isso, pensa errado”, finalizou.
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