O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta segunda-feira (4) que o Brasil terá eleições livres em 2022 e com as instituições funcionando.
Barroso deu as declarações ao discursar na abertura do "Seminário Internacional: Integridade Eleitoral na América Latina – Experiências Recentes e Perspectivas", organizado em parceria pelo TSE e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Sem citar nomes, o presidente do TSE disse ainda que políticos eleitos pelo voto popular buscam a "erosão" da democracia (leia detalhes mais abaixo).
No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro participou de atos pró-governo em Brasília e em São Paulo e fez discurso com ameaças golpistas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme o ministro Barroso, no entanto, Congresso Nacional, STF e o próprio TSE têm sido "bons guardiões" da democracia, que "resistiu e se consolidou" diante de "muitos ataques vindos de diferentes pontos".
Ataques à democracia
Ainda no discurso desta segunda-feira, Barroso disse também que a "erosão" da democracia no mundo tem sido protagonizada por líderes políticos eleitos pelo voto popular e que, "tijolo por tijolo, desconstroem alguns dos pilares da democracia, concentrando o poder no Executivo".
Esses líderes políticos, acrescentou o presidente do TSE, procuram desacreditar as instituições, "cooptando ou alijando" o Congresso dos processos políticos, mudando a legislação com "abuso de poder" e atacando tribunais constitucionais e autoridades eleitorais.
O seminário
O evento no qual Barroso discursou debate os ataques sofridos por autoridades eleitorais latino-americanas e as condições para se garantir eleições livres e transparentes.
Participam do seminário autoridades e especialistas internacionais que acompanham de perto os processos eleitorais latino-americanos.
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