O Senado pode votar nesta terça-feira (28) a medida provisória que permite o uso de Fundos Garantidores Solidários (FGS) para toda operação financeira vinculada à atividade empresarial rural (MP 1.104/2022). Também estão na pauta, entre outros, projetos que tratam de regras do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e da desjudicialização da execução de títulos.
A permissão para uso do FGS, prevista na MP 1.104, inclui as operações resultantes de consolidação de dívidas e aquelas realizadas no âmbito dos mercados de capitais. Antes da MP, os fundos só podiam garantir operações realizadas por produtores rurais, incluídas as resultantes de consolidações de dívidas.
A mudança em análise no Senado permite garantir títulos como a Cédula de Produto Rural (CPR) e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que apresentam participação crescente no financiamento das atividades do setor rural nos últimos anos.
Os fundos fornecem uma garantia complementar em operações de crédito destinadas ao setor e são criados por grupos de produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, a fim de garantir o pagamento dos seus débitos contraídos em bancos. Se a MP for aprovada, o FGS passará a contar apenas com cotas de responsabilidade dos devedores e, se houver, do garantidor (uma seguradora, por exemplo).
Utilize o formulário abaixo para comentar.