Zezé Di Camargo usou as redes sociais para manifestar apoio ao cantor Sérgio Reis e se ofereceu para participar do álbum do sertanejo após a desistência de cinco dos seis convidados.
Zé Ramalho, Maria Rita, Guilherme Arantes, Guarabyra e Anastácia cancelarem suas participações em reação a falas antidemocráticas de Sérgio, alvo de investigação da Polícia Federal .
Em recente entrevista, Marco Bavini, filho de Sérgio Reis, que produzia o álbum de parcerias do pai com outros artistas, afirmou que "o disco não existe mais".
Ainda assim, Zezé se colocou à disposição para uma participação.
"Sergião, você não está sozinho. O Brasil está com você. O que estão fazendo com você é de uma crueldade sem tamanho. Acho que as pessoas não entenderam ainda que a vontade do povo prevalece você é um homem do bem. Você é um homem que conheço há muitos anos, só fez o bem. Bem pra música sertaneja, pras pessoas que mais necessitam", iniciou Zezé em uma série de vídeos publicado no Instagram.
"E deixo um recado também pra meus amigos sertanejos. É hora de a gente pegar o Serjão e colocar no colo, que nem ele colocou muita gente."
"Quando a música sertaneja precisava de apoio, que era menosprezada, o Sérgio Reis deixou uma carreira lá que ele tinha vitoriosa na Jovem Guarda e virou um cantor sertanejo. Desde então, vestiu a indumentária do sertanejo, e sempre está conosco."
Após a publicação de Zezé, a dupla João Bosco e Vinícius também se colocou a disposição para gravação, comentando um post nas redes sociais.
"O Sérgio Reis já nos deu a honra de gravar conosco no CD Estrada de Chão. Então, nos colocamos à disposição pra gravarmos quando e onde você quiser. Você que manda."
'Disco não existe mais'
Em recente entrevista, Marco Bavini, filho de Sérgio Reis, que produzia um álbum de parcerias do pai com outros artistas, afirmou que "o disco não existe mais".
De seis cantores que haviam sido anunciados, cinco saíram: Zé Ramalho, Maria Rita, Guilherme Arantes, Guarabyra e Anastácia. As participações estavam gravadas, e os músicos desautorizaram o lançamento. Paula Fernandes foi a única que disse que continuaria no álbum.
Eles saíram em reação à divulgação de um áudio de Sérgio que descreve ações violentas contra a democracia. Ele é investigado pelos crimes 147, 163 e 262 do Código Penal, relativos a ameaça, destruição de coisa alheia e atentado contra a segurança.
Era o filho quem cuidava do projeto do álbum. "A produção do CD, a [escolha do] repertório e a gravação foram minhas e, até então, feitas no meu estúdio. Mas, por conta do assunto música ter ficado em segundo plano, eu interrompi tudo", contou Bavini, que também é músico.
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