Com mais de um ano e meio em operação, o Pix, sistema de pagamento eletrônico criado pelo Banco Central, ainda encontra barreiras para alcançar a totalidade da população. São mais de 130 milhões de usuários e bilhões de transferências sem tarifa bancária. Pesquisa Datafolha aponta que, dos mais de 1,8 mil paulistas ouvidos pelo instituto, 61% afirmam usar o Pix para fazer pagamentos. Porém, pelo recorte de escolaridade, a taxa cai para 30% de adeptos do Pix entre aqueles que completaram apenas o ensino fundamental. Outra questão importante é a renda. 84% dos que recebem entre 5 e 10 salários mínimos utilizam o mecanismo, mas no grupo de quem ganha entre 2 e 5 salários mínimos a taxa de adesão cai para 69%. Na faixa de quem ganha até 2 salários mínimos o número é ainda menor, 51%.
Na análise por idade, observa-se que o Pix é sucesso entre os jovens. Na faixa dos 16 aos 24 anos, 90% relataram usar a ferramenta. A proporção diminui conforme aumenta a faixa etária. Entre os idosos, classificados como pessoas acima dos 60 anos, o Pix é usado por apenas 24%. Para este grupo específico, o fator de desconfiança explica, já que a maioria diz acreditar que o sistema não é seguro.
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