O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, falou na terça-feira (22) que o Brasil deverá passar por "algum tipo de racionamento" para evitar uma crise energética maior.
Lira disse que esteve com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para fazer a análise do cenário de crise hídrica pelo qual passa o país, e que, segundo o governo, não há risco de apagão, no entanto, a necessidade de um racionamento é iminente.
"O ministro Bento esteve comigo fazendo análise do cenário, garantindo que a gente não vai ter nenhum tipo de apagão, mas vamos ter que ter um período educativo de algum racionamento para não ter nenhum tipo de crise maior", disse a jornalistas na saída do Palácio do Planalto.
"Temos um problema de chuvas, isso é claro, e o Brasil precisa urgentemente, como foi feito na MP da Eletrobras, arrumar alternativas mais baratas do que as termoelétricas a combustível", disse Lira.
Um pouco mais tarde, Lira disse que voltou a falar com o ministro, que esclarecei que não há previsão de um racionamento, mas de "um incentivo de uso eficiente da energia".
Governo nega previsão de racionamento
Em nota, o Ministério de Minas e Energia (MME) disse que não estão sendo tomadas quaisquer medidas objetivando o racionamento de energia elétrica no país.
"Todo o trabalho tem sido realizado de forma transparente, sinérgica e tempestiva, buscando o uso racional dos recursos hídricos e da energia elétrica, permitindo que o país passe por esta conjuntura crítica com serenidade e sem alarmismos".
A pasta diz ainda que, tendo em vista a severa situação hidrológica vem implementando, junto a instituições setoriais, ações que garantam o fornecimento de energia elétrica para a população.
"Dentre as ações avaliadas pelos órgãos envolvidos, está uma Medida Provisória que visa fortalecer a governança do processo decisório, possibilitando maior agilidade, segurança jurídica e total respeito às competências de todas as instâncias".
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