Segundo o governo, não há risco de desabastecimento de combustíveis, especialmente diesel, no segundo semestre de 2022 no país e os estoques nacionais seriam o suficiente para atender pelo menos 50 dias de demanda. Tais informações foram reveladas por um membro do alto escalão do governo. Recentemente, a Petrobras emitiu alertas ao ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informando que a oferta global ficaria prejudicada no fim do ano e isso poderia afetar o abastecimento nacional e internacional de diesel.
O membro do governo consultado pela reportagem discorda da avaliação da estatal e acredita que a teoria foi usada para tentar justificar os aumentos recentes nos preços do diesel e da gasolina. De acordo com o funcionário, para que houvesse um eventual risco de desabastecimento de diesel no mundo e no Brasil o cenário geopolítico global precisaria se deteriorar profundamente. Os Estados Unidos, por exemplo, teriam que deixar de exportar para o Brasil, pois 60% do diesel importado vem do país norte-americano.
Outro cenário apontado seria um agravamento profundo da guerra entre Rússia e Ucrânia e as seguradoras britânicas também teriam que deixar de segurar cargas de petróleo e derivados que vem da Rússia, grande produtor global. De acordo com o membro do governo consultado pela reportagem, 50 dias de estoque são mais do que o suficiente para garantir o abastecimento de combustíveis no segundo semestre e haveria tempo necessário para que o governo adote eventuais medidas para evitar risco de falta para o mercado interno.
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