A Organização Mundial da Saúde decidiu suspender temporariamente os estudos do uso da cloroquina e hidroxicloroquina como tratamento para a Covid-19. A declaração foi dada nesta segunda-feira pelo diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom durante um pronunciamento em Genebra.
A decisão foi tomada depois do estudo publicado na revista científica The Lancet na última sexta-feira. A pesquisa, feita com 96 mil pacientes, mostrou que a cloroquina não é efetiva na melhora dos doentes, além de poder diminuir a sobrevida de pacientes infectados pelo coronavírus. O remédio ainda pode causar problemas cardiorrespiratórios.
“Eu gostaria de reiterar que esse medicamento (cloroquina) é considerado seguro para pessoas com doenças autoimunes ou malária”, disse Tedros Adhanom.
No Brasil, o protocolo para o uso da cloroquina mudou após a saída de Nelson Teich do ministério da Saúde. Com Teich e Luiz Henrique Mandetta, o remédio só era usado em casos graves de Covid-19 na rede pública.
O novo protocolo, assinado pelo interino do ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, por insistência do presidente Jair Bolsonaro, permite que a cloroquina seja usada também em casos leves, desde que o paciente aceite.
A mudança foi um dos motivos da saída de Mandetta e Teich do governo Jair Bolsonaro.
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