O padre Marcelo Rossi, que caiu e sofreu escoriações ao ser empurrado do altar por uma mulher, durante celebração de missa, neste domingo, 14, em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, reafirmou nesta segunda-feira, 15, que não pretende processar a agressora.
Em mensagem de vídeo dirigida a fiéis, ele afirmou que o melhor boletim de ocorrência é bíblia e oração. "Se alguém difama você, faz calúnia contra você, faça o maior BO: Bíblia e oração. Esse é o melhor boletim de ocorrência", disse. No início da tarde, o vídeo tinha mais de 64 mil visualizações.
O padre foi empurrado por uma mulher que invadiu o altar durante a celebração para 40 mil pessoas, em evento da rede Canção Nova. Na queda, o religioso sofreu escoriações e ferimentos na perna. Ouvida no plantão da Polícia Civil, em Lorena, a mulher alegou que sua intenção era conversar com o padre e não agredi-lo.
Perguntada sobre o que conversaria, ela disse que "isso é entre eu e ele". Conforme o delegado Daniel Castro, ela alegou sofrer transtorno bipolar e fazer tratamento psiquiátrico. O delegado considerou suas declarações "desencontradas". Após ser ouvida, ela foi liberada.
O depoimento será encaminhado à Polícia Civil de Cachoeira Paulista, que deve aguardar manifestação de interesse do padre em prosseguir com o inquérito, já que a lesão foi leve e o crime é considerado de baixo potencial ofensivo. Se o padre não se manifestar em seis meses, a ocorrência será arquivada.
A mulher, que teve a identidade preservada, viajou do Rio de Janeiro para o evento da Canção Nova na companhia do filho de três anos. A organização do evento a acompanhou no depoimento, seguido também por um representante do Conselho Tutelar, devido à presença da criança. Após ser liberada, ela passou a noite em uma pousada e viajou na manhã desta segunda-feira, 15.
No vídeo, o padre Marcelo afirma que foi um 'milagre' ter saído praticamente ileso na queda. "Não bati a cabeça. Todos sabem que tenho problema de coluna e não doeu a coluna. Machucou muito a perna, mas tudo consertável. Só agradecer a Deus. Estou ótimo, graças a Deus. Fui salvo por um milagre."
Devoto de Maria, Mãe de Jesus, o religioso atribuiu a ela não ter se ferido com gravidade. "Outra vez senti a fúria do inimigo. Se o inimigo está furioso, vai ficar mais ainda. Se vocês vissem onde caí, como caí, mas a Mãezinha me segurou. A força para me levantar e continuar a missa, não foi minha, foi divina", disse.
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