A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) pediu a Petrobras um esforço extra-adicional no enfrentamento à crise hídrica, que pode se intensificar agosto e setembro, meses considerados mais críticos do período seco. A demanda inclui a ampliação na oferta de gás da estatal, a maior disponibilidade da infraestrutura e da logística da Petrobras e um aumento na geração de energia. Esse esforço extra da Petrobras foi debatido em Brasília nesta terça-feira, 23, no encontro entre o diretor geral da Aneel, André Pepitone, e o presidente da petroleira, o general Joaquim Silva e Luna. 2021 tem sido um ano marcado por poucas chuvas, o que afeta o nível dos reservatórios hidrelétricas e obriga o governo a acionar mais termoelétricas, que são mais caras e mais poluentes. Há pressa para que essas soluções sejam encontradas e apresentadas. Na semana que vem, haverá mais uma reunião entre os técnicos da Aneel e da Petrobras.
A Petrobras já vem adotando em 2021 medidas para ampliar a oferta de gás e colaborar com a maior geração de energia elétrica. Por conta dessas medidas, tem aumentado a produção de gás no Rio, a retirada de mais gás da Bolívia e o reposicionamento dos navios de GNL (gás natural liquefeito) em Salvador e no Rio de Janeiro. O diretor geral do ONS (Operador Nacional de Sistema), Luiz Carlos Ciocchi, afirma que o momento atual é de atenção, porém que está descartado o risco de racionamento de energia no país.
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