O recepcionista Renato Guber, de Palhoça (SC), recebeu um prazo de 33 anos para fazer um exame de ressonância magnética pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o G1. Renato foi informado de que havia 1.080 pessoas na fila e a espera poderia durar até 12.150 dias.
Diagnosticado em março de 2017 com uma fístula perianal (ferida no final do intestino e provoca dor e sangramento), Guber, de 38 anos, só conseguirá fazer o exame com 71 anos, pelo prazo dado. Dependendo da gravidade, o paciente precisa de cirurgia para resolver o problema.
"É desanimador porque eu nunca precisei ter que me humilhar ao ponto de ter que expor uma situação dessas, quando a gente tem o mínimo de direito, que é o atendimento de serviço público. A gente paga os impostos", lamenta. Ele chegou a fazer um empréstimo no banco para fazer a cirurgia particular em março deste ano. Em agosto, voltou ao SUS para fazer o exame, pois a doença parecia ter voltado.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Palhoça disse que o município tem apenas 21 vagas por mês para o exame, contudo, deve fazer mutirões em novembro e dezembro para fazer cerca de 250 ressonâncias. Contudo, como Renato foi classificado como prioridade e de necessidade urgente, o exame deve ser realizado em uma semana.
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