Após o rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (25), a empresa informou que existe a possibilidade, "ainda não confirmada", de haver vítimas do incidente. Isso porque, ainda segundo a empresa, "havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos".
Até a última atualização desta reportagem, não havia informações oficiais sobre mortos. Duas vítimas chegaram, por volta das 15h, de helicóptero, ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
Veja abaixo a íntegra da nota da mineradora:
"A Vale informa que, no início desta tarde, ocorreu o rompimento da Barragem 1 da Mina Feijão, em Brumadinho (MG). A companhia lamenta profundamente o acidente e está empenhando todos os esforços no socorro e apoio aos atingidos.
Havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos, indicando a possibilidade, ainda não confirmada, de vítimas. Parte da comunidade da Vila Ferteco também foi atingida.
O resgate e os atendimentos aos feridos estão sendo realizados no local pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil. Ainda não há confirmação sobre a causa do acidente.
A prioridade máxima da empresa, neste momento, é apoiar nos resgates para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados, próprios e terceiros, e das comunidades locais.
A Vale continuará fornecendo informações assim que confirmadas."
Comparações com Mariana
O rompimento da barragem em Brumadinho ocorre pouco mais de três anos após a tragédia em Mariana (MG). Em 2015, o rompimento de uma barragem da Samarco (cujas donas são a Vale e a BHP Billiton) fez com que as empresas se tornassem alvo de ações na Justiça, com os afetados ainda na espera por reparação.
Segundo a Globonews, o Ibama informou que o volume de rejeitos no romprimento da barragem de Brumadinho é de 1 milhão de metros cúbicos - ou seja, 50 vezes menor que o de Mariana (50 milhões de metros cúbicos).
Os investidores reagiram à notícia de que a Vale se vê envolvida em uma nova tragédia. As ações da empresa passaram a despencar na bolsa de Nova York - em dia de pregão fechado na bolsa brasileira em razão do feriado em São Paulo.
O incidente
Imagens aéreas mostram que um mar de lama destruiu casas da região do Córrego do Feijão. As duas vítimas que foram levadas para o hospital estão conscientes, estáveis e passam por avaliação.
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informou que o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII está preparado para receber feridos.
Segundo a Fhemig, a emergência do hospital vai atender apenas vítimas do rompimento da barragem. Demais casos serão direcionadas para outras unidades de saúde.
Ainda segundo o órgão, outros hospitais da rede estão se mobilizando para dar retaguarda ao João XXIII.
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