No último mês de janeiro, Alagoas registrou um agravamento da seca no Sertão, que passou da categoria moderada para grave, severidade que não era registrada desde fevereiro de 2020 e que foi identificada em 6,71% do território alagoano. A informação consta no monitor de secas da Agência Nacional de Águas (ANA). O estado também registrou a expansão da área com seca moderada no estado, que passou de 14,12% para 16,99% entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
De acordo com a ANA, a piora das condições se deve às chuvas abaixo da média observadas em Alagoas e ao aumento nas temperaturas em janeiro. Desde outubro de 2020, há seca em 100% do território.
Em Alagoas, 42 municípios estão em emergência e recebendo apenas a água da operação Carro Pipa, executada pelo Exército, que atende a 137 mil pessoas, distribuídas em 600 localidades da Zona Rural. O decreto de situação de emergência, por estiagem, irá amparar o município quando não consegue dar conta de um fenômeno climático e precisa da ajuda do Estado e União. Esta semana, o presidente da AMA, Hugo Wanderley, voltou ao assunto que, sem a ajuda federal e estadual, os municípios não têm como enfrentar o problema.
Com a proximidade da quadra chuvosa, a partir de março, a AMA começou o treinamento de coordenadores municipais, junto com a Defesa Civil, para atuação em situação de emergência ou calamidade pública. Esse gerenciamento precisa estar em conformidade com a legislação vigente, que traz todas as ações que devem ser seguidas como: documentação, tipo de decreto, o desastre e o plano de contingência.
Para o coronel Moisés, coordenador Estadual da Defesa Civil, é importante que as cidades tenham a estrutura regularizada com condições mínimas de funcionamento. Com mais de 80 participantes, a Associação retorna com os treinamentos presenciais para orientação nos protocolos e critérios do órgão, como a criação de um plano de contingência, que identifica as ações necessárias em uma situação inesperada.
Para Jessica Cavalcante, secretária de Meio Ambiente de Roteiro, o treinamento é “muito esclarecedor”, principalmente para as novas equipes. “Ter informações e orientações são fundamentais para que possamos reduzir as vulnerabilidades em nossos municípios”, acrescentou, Márcio batista, que é coordenador da Defesa Civil de São Sebastião.
A Confederação Nacional dos Municípios tem uma publicação importante para auxiliar os novos coordenadores na implementação da legislação vigente.
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