Não é novidade que o Flamengo está com o radar ligado para o mercado, sobretudo o nacional, para reforçar o elenco neste segundo semestre. Também não é um assunto novo o fato de, no período da Copa América, o clube estar tendo um banco de reservas sem jogadores expressivos. Ao menos Thiago Maia está retornando e, envolto de cautela, pode até surgir até como uma opção ofensiva em meio a quatro desfalques por conta do torneio de seleções.
Rogério Ceni avisou que tem treinado com Thiago Maia, o novo camisa 8 com a saída de Gerson, no setor direito do ataque, em função similar à realizada por Everton Ribeiro e Vitinho - atualmente no time titular.
- Trouxe todo mundo que eu tinha disponível para o jogo. Acho que não ficou ninguém fora. Tem três jogadores de frente nas seleções. Tinha o Max, que é uma opção e vem entrando nessa posição, tenho treinado o Thiago Maia para jogar no lado direito, mas trouxe todos disponíveis para o jogo de hoje - comentou Ceni, explicando a composição do banco no jogo contra o Fortaleza, vencido por 2 a 1, na quarta passada.
Ceni também falou que, por possuir outras características, não vê Thiago Maia atuando na mesma função de Gerson. Emprestado pelo Lille-FRA, o antigo camisa 33 pode seguir agregando em outros aspectos, como nas bolas roubadas e passes longos - ou até mais à frente, já que o técnico tem testado nos treinos.
Para voltar a jogar, Thiago Maia sabe da paciência necessária nesse processo gradual. A maior preocupação do departamento médico é a fadiga, que pode culminar num "desequilíbrio" no local. Márcio Tannure, chefe do DM do Fla, explicou as condições a serem encaradas pelo volante de agora em diante:
- Nessa volta gradual normalmente a gente começa com poucos minutos no primeiro jogo. No jogo seguinte, a gente tenta conseguir colocar mais minutos para esse jogador para que ele chegue em uma condição física, técnica e tática de jogar 90 minutos. Óbvio que uma lesão desse nível de gravidade, a gente tem que voltar em uma maneira gradual. Pode ser que ele tenha fadiga, isso gera um desequilíbrio... Vamos poupá-lo de alguns jogos para que a gente possa ir reequilibrando. Esse feedback a gente só vai conseguir ter quando ele estiver jogando realmente. É muito importante que, quando a gente colocar essa carga de jogo, entenda como o joelho dele está respondendo a isso.
- Óbvio que se ele está sendo relacionado para um jogo é porque ele já cumpriu todas as etapas no nosso treinamento, o que nos dá a segurança para que ele inicie esta nova etapa, de maneira gradual, sempre acompanhando o controle de carga dele e como ele está se recuperando de um jogo para outro. Da mesma maneira que a gente faz com outros jogadores, será feito com o Thiago Maia: no momento que tiver um risco ou desgaste maior, a gente vai poupar e continuar o trabalho até que ele esteja 100% reintegrado ao grupo - completou.
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Márcio Tannure também lembrou que Thiago Maia retornou às atividades antes do prazo inicial, mas que "ainda existem algumas etapas até ele estar 100% pronto para o retorno". E salientou o seguinte sobre o atleta que operou o joelho esquerdo depois de uma grave lesão no canto posterolateral:
- É óbvio que um atleta que fica sete meses parado precisa iniciar gradualmente para ir se condicionando, para a gente ir colocando essas ações de jogo e para que ele vá se adaptando. A musculatura, a articulação e o joelho dele vão se adaptando a essa demanda do jogo, que é diferente de uma demanda física do treinamento.
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Agora com o número 8 às costas, Thiago Maia vai para o próximo jogo com a expectativa de sair do banco e jogar os seus primeiros minutos após a volta. O desafio da vez do Flamengo será contra o Juventude, às 11h (de Brasília), no Alferdo Jaconi, pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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