Membros da Torcida Jovem, a principal organizada do Santos, foram ao centro de treinamento do clube nesta sexta-feira, 27, para protestar contra o início ruim no Campeonato Paulista 2023. Insatisfeitos com o rendimento do time, que coleciona 5 pontos em quatro rodadas, cerca de 30 torcedores foram ao CT Rei Pelé para a manifestação. Acompanhado pela Polícia Militar, o grupo chegou a conversar com Paulo Roberto Falcão, o coordenador de futebol do Peixe, e o técnico Odair Hellmann e alguns líderes do elenco, como o goleiro João Paulo. A cobrança acontece dois dias depois do empate em 0 a 0 com a Água Santa, em plena Vila Belmiro, em partida também marcada pela discussão de Yeferson Soteldo e Ângelo com torcedores que estavam nas cadeiras numeradas.
Através das redes sociais, a Torcida Jovem também escreveu um longo texto em que pede um time mais competitivo ao presidente Andrés Rueda. “Diante dos acontecimentos desastrosos, refletindo o que foram os últimos anos, viemos a público mais uma vez, externar nossa completa insatisfação com todos os envolvidos no futebol do clube. Diretoria e CG, há 3 anos com a mesma desculpa: não temos dinheiro. Sabemos que a situação financeira não é das melhores e já foi pior, entretanto, o ‘bom e barato’ não mostrou seu lado bom, expondo o Peixe a uma situação que não condiz com sua realidade. Foram anos de contratações falidas, na esperança de render um bom futebol em um elenco mediano, e o milagre não veio. Apostas em treinadores, algumas absurdamente infundadas e sem planejamento, e seguimos esperando resultados. Por mais “barato” que seja o elenco, é inadmissível que em 3 anos consecutivos o Santos FC brigue para não cair. É inaceitável!”, disparou a uniformizada, recordando que a equipe brigou contra a degola nas últimas duas edições do Estadual.
De acordo com o grupo, a situação entre a organizada e a diretoria “está saturada” e uma mudança de postura precisa acontecer imediatamente – o Peixe volta a campo neste sábado, 28, quando recebe a Ferroviária, no Canindé. “Vocês, atletas, ouviram inúmeras vezes que estávamos fechados, mas que precisamos ver o Santos onde ele deve estar. Não foi o que aconteceu. Nossa casa, que sempre foi um Alçapão, teve promessa de ingressos acessíveis no início da gestão, mas já voltamos de onde partimos. Entretanto, não podemos fazer das quatro linhas um inferno. Não somos nós que damos carrinho, um grito na orelha, uma dividida. Na Vila Belmiro ganhar é obrigação! Todas nossas insatisfações durante os últimos anos foram levadas na conversa, com atletas individualmente, em grupo, com a diretoria, e nas arquibancadas. A situação está saturada. Aos atletas que se dirigiram a torcedores, respondam em campo, depois vocês falem o que quiser. Não iremos aceitar em hipótese alguma jogador confrontando torcedor, em especial se não estiver cumprindo seu papel. Queremos um Santos vencedor!”, continuou.
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