Um adolescente de 15 anos de idade foi apreendido nesta segunda-feira (10), suspeito de ser o autor de um bilhete ameaçando realizar um massacre em uma escola pública, em Maravilha.
Tudo começou na última quinta-feira (6), quando o adolescente entregou para o vigilante da Escola Municipal Sagrada Família uma folha de caderno, rascunhada a caneta, que trazia uma mensagem anunciando para esta segunda-feira (10) um massacre na unidade escolar.
Diante do ataque ocorrido na quarta-feira (5) em uma creche de Blumenau (SC), a população de Maravilha, sobretudo os alunos, professores e demais funcionários da escola Sagrada Família ficaram em pânico, de modo que as aulas foram suspensas pela direção da unidade escolar.
O caso foi comunicado ao Conselho Tutelar do município, que, por sua vez, levou a situação à Promotoria de Justiça local, que, diante do ocorrido, pediu ao juízo da Vara do Único Ofício de Maravilha um mandado de busca e apreensão na casa do adolescente suspeito de ter feito o bilhete com a ameaça.
Seguindo a ordem judicial, nesta segunda-feira (10) guarnições do 7º Batalhão de Polícia Militar de Santana do Ipanema (BPM) foram até a residência do adolescente e localizaram um facão e um simulacro de pistola construído artesanalmente com papelão. Ele foi levado junto com os pais para a Delegacia Regional de Batalha (3ª-DRP).
O menor confessou na delegacia que fez a réplica da arma de fogo em papelão porque gosta de armas e quanto ao facão alegou ser de propriedade do pai. Ele negou ser o autor do bilhete, alegando que o encontrou já pronto no banheiro da escola e que não sabe quem o fez.
A mãe do rapaz confirmou a versão do filho, acrescentando que ele tem costume de fazer réplica de armas em casa, o que ela acredita ser normal para um adolescente que gosta muito de armas de fogo.
A mulher contou que o adolescente mudou o comportamento depois que um irmão envolvido com drogas foi assassinado por traficantes. Ela contou que ficou sabendo que depois do ocorrido o adolescente também já usou maconha e que pretende vingar a morte do irmão. A mãe ainda relatou que o filho tem problemas mentais, o que seria de família.
Por fim, a mulher disse para a polícia que não acredita que o filho faça parte de algum grupo que tenha a intenção de promover um massacre na escola em que estuda. Apesar disso, ela disse que não tem certeza porque não imagina o que se passa na cabeça do filho.
O adolescente foi liberado e o caso segue em investigação pela 3ª-DRP, enquanto a população continua em pânico com a possibilidade do taque na escola.
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