Sanguinetti, que já participou como perito de casos de repercussão nacional, como a morte de PC Farias, em 1996, a morte da menina Isabela Nardoni, em 2008, e a morte de Elisa Samúdio, que tinha um filho com o ex-goleiro Bruno, do Flamengo, em 2010, foi contratado pela Família Boiadeiro para apurar as circunstâncias do caso ocorrido em Belo Monte.

A mãe de Emanuel, Maria das Graças, 56, disse com exclusividade ao Correio Notícia que tem certeza de que o filho foi assassinado pelos policiais da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC/PC-AL). “Eles o mataram enquanto dormia, sem nenhuma reação. Não tinham nem um mandado de prisão contra ele”, argumentou.

Ainda de acordo com a senhora, populares relataram que policiais que participaram da operação implantaram armas de fogo no local e forçaram algumas pessoas a assinarem documentos. “Um policial teria dito para uma das pessoas que foram presas na operação que ela teve sorte de não estar com meu filho, porque teria morrido também, pois já tinha matado Emanuel”, lembrou a mãe.

George Sanguinetti também comentou uma notícia da Perícia Oficial do Estado de Alagoas, divulgada neste domingo (20), que afirma que ele não é perito criminal. “Sou perito por formação e legista por experiência”, afirmou Sanguinetti à equipe do Correio Notícia que acompanha os trabalhos em Belo Monte.

A referida operação, que tinha como objetivo prender assaltantes de banco, contou com policiais civis da DEIC e da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN), além de militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Além de Emanuel Boiadeiro, outra pessoa foi morta, quatro pessoas foram presas e armas de fogo foram apreendidas, na ocasião. (relembre o caso)

Ainda hoje o Correio Notícia, que acompanha o trabalho de Sanguinetti em Belo Monte, divulgará mais informações sobre o caso.

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Casa onde George Sanguinetti realiza o trabalho de perícia, em Belo Monte (Foto - Juliano Rodrigues/Correio Notícia)