Nestes últimos meses, os brasileiros têm enfrentado algumas dificuldades para pagar as contas e mantê-las em dia. Tanto que, em apenas um ano, dobraram-se os atrasos nos pagamentos no rotativo do cartão de crédito - a parte da fatura que não é paga no vencimento e é “empurrada” para a fatura seguinte.
De acordo com o Banco Central, em novembro de 2021, pelo menos 19,13% dos clientes que usam o rotativo mostraram um atraso entre 15 e 90 dias nos pagamentos. Se comparado ao valor encontrado um ano antes, quando 9,68% das pessoas atrasaram o pagamento entre 15 e 90 dias, este percentual praticamente dobrou.
Com essa intensificação nos atrasos, o rotativo de novembro é considerado o segundo maior índice de atrasos da história, perdendo apenas para o mês de maio de 2015, quando 19,18% dos clientes atrasaram. Vale destacar que em novembro, os brasileiros tinham o maior valor em dívidas no rotativo do cartão da história: R$ 48,5 bilhões.
Segundo a analista de crédito da Tendências Consultoria, Isabela Tavares, este fenômeno está relacionado a problemas nas condições econômicas do brasileiro, principalmente por conta do mercado de trabalho fragilizado e da alta da inflação. Ela ainda explica que, por conta das dificuldades financeiras, o consumidor vê a necessidade de tomar um empréstimo emergencial mas não vê melhora no mês seguinte, o que acarreta em um atraso nos pagamentos.
Tavares afirma que o rotativo é exatamente o tipo de empréstimo ao qual o consumidor recorre por conta do fácil acesso. Contudo, os juros são muito altos. “O uso desse crédito cresceu nos últimos quatro, cinco meses diante da inflação alta e pressão na renda. E, agora, os atrasos começaram a aparecer”, completa.
A especialista explica que, em momentos de dificuldade econômica, a tendência é que a demanda por esse crédito emergencial cresça, assim como o cheque especial. Para se ter noção, na média dos últimos 12 meses, R$17,9 milhões foram tomados por brasileiros por rotativo. Ou seja, a cada mês, clientes vêm empurrando R$18 bilhões em dívidas para a fatura do mês seguinte.
Apesar de ser uma das maneiras mais fáceis de se pegar dinheiro emprestado, este é o crédito mais caro que existe. O BC divulgou que, em novembro, por exemplo, a média de juro dessa operação foi de 346,1% ao ano - ou seja, em apenas 12 meses, uma dívida de R$1.000 se transforma em R$4.461.
Apesar dos tempos de crise, é importante entender como usar o cartão de forma consciente para evitar cair no rotativo e entrar para essas estatísticas. Isso porque esta ferramenta está cada vez mais acessível e traz muitos benefícios para o consumidor, como o acúmulo de milhas, cashback e melhora no score de crédito - mas para isso, é importante pagar a fatura em dia.
Uma dica é só gastar no cartão os valores que você já possui na conta corrente. Por exemplo, para fazer as compras no supermercado, você pode passar o cartão e aproveitar os benefícios. Praticamente todo estabelecimento físico e virtual aceita essa forma de pagamento, como apps de transporte, comida, havendo até mesmo opções de cassino que aceita cartão de crédito para facilitar a vida dos seus usuários. Nestas plataformas, várias formas de pagamento são permitidas, e o lado bom de utilizar o cartão é que o valor é depositado rapidamente na conta do jogador. As operadoras de cassino listadas no cassinos.info ainda dão bônus de boas vindas generosos a novos usuários.
Uma outra dica para evitar cair no rotativo é fazer um orçamento mensal com o teto de gastos que você pode cobrir no final do mês. Além disso, quem tem dificuldades para manter as contas em dia deve limitar o número de cartões e evitar aqueles oferecidos por lojas, que proporcionam várias “vantagens” - isso porque os juros tendem a ser altíssimos, anulando qualquer promoção que você vá conseguir.
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