A Justiça Eleitoral de Alagoas reconheceu o pedido da coligação Pra Frente Alagoas para impugnar pesquisa realizada pelo Instituto DataSensus, registrada sob número AL-03256/2022. A decisão foi publicada neste domingo (11), véspera da data que a pesquisa seria divulgada pelo instituto.
Além da suspensão, o juiz desembargador definiu pena de multa diária no valor de R$ 5.000 (cinco mil reais) caso a pesquisa seja divulgada.
Segundo o advogado da coligação, da qual o candidato a governador Rui Palmeira (PSD) faz parte, a pesquisa induz o eleitor a escolher um determinado candidato e não traz informações exigidas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL).
Após análise técnica, o advogado listou os principais erros da abordagem:
1) Ausência de identificação da área das amostragens, não se identificando os bairros. Isso permitiria que a pesquisa fosse feita numa única rua de um bairro de um município do interior, o que acaba permitindo uma amostragem não condizente com a realidade de todo o município pesquisado. A ausência de identificação dos bairros permite gerar essa dúvida e essa obrigação de divulgação é prevista na resolução eleitoral 23.600;
2) A pesquisa não contemplaria aferição para presidente, mas a amostragem é feita com a primeira pergunta feita para Presidente (antes mesmo de perguntar a opção para governador), o que acaba beneficiando os candidatos ao governo que têm ligação com os candidatos Lula e Bolsonaro;
3) Induz, na pergunta sobre segundo turno, dando a entender que o candidato Paulo Dantas já está no segundo turno, pois só tem opções com ele em segundo turno;
4) O nível econômico dos entrevistados é violado, pois apesar do extrato ou resumo da pesquisa dizer que será avaliado a condição econômica do eleitor, a pergunta se dirige à renda familiar.
O advogado destacou ainda que esses são os principais problemas encontrados na pesquisa DataSensus, mas que o documento contém uma série de vícios e falhas na sua abordagem.
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