O partido vinha desde o ano passado articulando uma chapa com o ex-prefeito Padre Eraldo como candidato a prefeito e o advogado Renato Torres como vice, e poderia até ser o inverso. A possível composição acordada era aceita pela maioria dos integrantes do grupo oposicionista e caminhava para a consolidação, mas a mudança de planos de Renato Torres mudou tudo.

O advogado, que tinha um acordo para ser candidato a prefeito ou vice em uma chapa formada com Padre Eraldo, desistiu de qualquer composição majoritária para buscar uma das 13 vagas na Câmara de Vereadores. Diante da situação, os seguidores políticos de Eraldo se articularam em busca de um novo vice e em uma conversa entre eles chegaram ao nome do empresário Silvinho.

Todos achavam que a turma do PDT iria entender a mudança de planos, mas a cúpula do partido entendeu a situação como uma quebra de acordo e decidiu com isso rachar com Padre Eraldo, Renato Torres, Lau da Barragem e companhia, formando uma terceira via de oposição no município.

Diante do novo cenário, o Partidos dos Trabalhadores liderado pelo ex-vereador Pedro Paulo no município deve lançar uma chapa encabeçada por Padre Eraldo e Silvinho. Além disso, os petistas pretendem ter na legenda, entre outros nomes, Renato Torres e Lau da Barragem como candidatos a vereador.

A reunião do PDT marcada para a próxima quinta-feira (4) deve definir Cazuza como pré-candidato a prefeito e os nomes para vereador, oficializando o racha da oposição no município.

Perguntado pelo Correio Notícia se um racha nesse momento não seria ruim para a oposição, Cazuza respondeu que entende que sim, mas que diante da quebra de acordo não resta outra opção ao PDT que não seja lançar uma candidatura independente para perfeito e tentar fazer pelo menos dois vereadores. “A ganância pelo poder vai dificultar a construção de um projeto social para nossa cidade. Sou contra o coronelismo econômico e político, como a imposição de projetos pessoais.”, concluiu o ex-prefeito.

Enquanto isso, a prefeita Ziane Costa (MDB) trabalha pela reeleição usufruindo do benefício de estar no comando da “máquina” e de ainda não ter um adversário cujo nome esteja definido para a disputa.