A Confederação Nacional dos Municípios (CMN) divulgou nota no sábado (2), de repúdio às declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a exigência nas cidades do passaporte de vacina, o comprovante de que a pessoa já está imunizada a ser exigido para a entrada em ambientes fechados, como bares e restaurantes.
Na sexta-feira (1º), na cidade paranaense de Maringá, Bolsonaro abriu sua nova frente de guerra contra o passaporte sanitário. “Naquilo que depender do Governo Federal, nós não teremos passaporte da covid-19. Nunca apoiamos medidas restritivas. Sempre estivemos ao lado da liberdade, do direito de ir e vir, do direito ao trabalho e da liberdade religiosa”, declarou o presidente.
“Liderado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o movimento municipalista repudia veementemente fala do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a adoção do chamado passaporte da vacina por municípios”, diz a nota, assinada pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. “O preço que o país vem pagando pelas falas e ações do chefe do Poder Executivo federal é imensurável, e atinge toda a população brasileira, das mais diversas formas possíveis”, continua.
“Nós não temos vacinação forçada no Brasil”, prossegue o texto. “O cidadão tem a liberdade de não vacinar. Isso não significa que não se traga a ele consequências dessa decisão, pois se trata de uma questão de saúde pública coletiva”.
“Diante de 600 mil mortos e milhares de famílias impactadas, não há espaço para polemizar novamente uma medida de saúde pública adotada não apenas no Brasil como em muitos outros países”, critica a nota. “É preciso de uma vez por todas vencer a pandemia e a falta de responsabilidade daquele que deveria liderar a nação nesse caminho”.
Utilize o formulário abaixo para comentar.