Em reunião de líderes nesta terça-feira (2), ganhou corpo uma proposta para deixar de fora do teto de gastos não apenas o auxílio emergencial a ser pago nos próximos meses, mas todo o programa Bolsa Família.
A proposta foi confirmada por líderes, inclusive o do governo no Senado, Fernando Bezerra.
A notícia de que o Congresso negocia deixar o Bolsa Família de fora do teto de gastos caiu como uma bomba na equipe econômica do governo.
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia divulgou nota nesta em que reforça o argumento de que, sem contrapartidas fiscais para a nova rodada do auxílio emergencial, o Brasil corre o risco de desancorar as expectativas inflacionárias, o que também pode levar ao aumento do risco país e das taxas de juros futuros.
O resultado seria o menor crescimento econômico do país.
Uma das ideias é deixar os gastos do Bolsa Família e do auxílio emergencial fora do teto de gastos apenas em 2021, o que abriria um espaço de pelo menos R$ 30 bilhões no orçamento deste ano.
Para um integrante da equipe econômica ouvido pelo blog, se a proposta for incorporada na PEC Emergencial, a ser votada nesta quarta-feira no Congresso, é o "início do fim" do teto de gastos".
A regra estabelece que o governo não pode ampliar gastos de um ano para o outro acima da inflação e indica o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas.
"Seria um péssimo sinal", diz outro integrante do governo.
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