O Brasil recebeu, na terça-feira (23), 3,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19: 2 milhões são de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca e 1,2 milhão da CoronaVac.
Veja, abaixo, a distribuição por estado.
O Ministério da Saúde não informou quando as doses chegarão a cada estado.
Em nota, a pasta informou que os estados deverão reservar a segunda dose da CoronaVac para garantir que ela seja aplicada de 2 a 4 semanas depois da primeira. A orientação é diferente de outra, anterior, que o Ministério da Saúde divulgou – de usar todas as doses de vacinas como primeira dose.
Já as doses da vacina de Oxford entregues correspondem todas à primeira aplicação – porque a segunda dose só é aplicada 12 semanas depois da primeira. Ambas as vacinas são aplicadas em duas doses.
O ministério disse ainda que a chegada das doses "vai permitir a ampliação da vacinação para outros grupos prioritários", como pessoas de 85 a 89 anos, de 80 a 84 anos, 3.837 indígenas e 8% dos trabalhadores da saúde.
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A pasta acrescentou que, devido à situação da pandemia no Norte do país, a região vai receber 5% do total de doses de vacinas em cada fase de distribuição. Desse total, 70% vão para o Amazonas, 20% para o Pará e 10% para o Acre, para atender os seguintes grupos prioritários:
- Amazonas: 86.667 pessoas entre 60 e 69 anos
- Pará: 24.762 pessoas entre 80 e 84 anos
- Acre: 12.381 pessoas entre 70 e 84 anos
Em relação às datas, o informe técnico divulgado pelo Ministério nesta quarta-feira (24) informa apenas que prevê o envio de mais de 200 milhões de doses até julho.
Vacinas em falta
As novas doses representam, para alguns estados, o primeiro grande carregamento desde a distribuição inicial de vacinas pelo país. Várias cidades tiveram que suspender ou restringir a vacinação por falta de doses.
Até agora, apenas 6 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma das duas vacinas. O total representa menos de 8% das cerca de 77 milhões de pessoas que integram os grupos prioritários de imunização, e menos de 3% da população do país.
Na terça-feira (23), a Anvisa autorizou o registro definitivo da vacina da Pfizer no Brasil, o que permite a importação do imunizante. Apesar de ter sido testada no país, ela ainda não está disponível para a população.
No início do ano, a farmacêutica disse ter oferecido 70 milhões de doses da vacina ao governo brasileiro para entrega ainda em dezembro, mas a oferta foi recusada. O Ministério da Saúde disse que as doses propostas pela Pfizer causariam "frustração" aos brasileiros.
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