O governo da cidade de Buenos Aires mostrou nesta quinta-feira como funciona seu modelo para prevenir e resolver casos de bullying nas escolas públicas, um método que, de acordo com as autoridades, conseguiu reduzir sensivelmente essas situações.
"É um orgulho ver o resultado dessa estratégia que desenvolvemos na cidade e que faz com a própria escola enfrente o problema e encontre a solução", destacou o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta.
Ele e Soledad Acuña, que ocupa a posição equivalente a de secretária municipal de Educação, visitaram uma das primeiras escolas da rede pública a colocar em prática o "modelo antibullying" e conversaram com alunos, professores e direção, que contaram o resultou da experiência. De acordo com Soledad, as situações de assédio escolar estavam crescendo e, após uma avaliação, chegou-se à conclusão de que o que "funciona melhor" é "a própria escola resolver os conflitos".
O modelo se baseia na realização de "conselhos de sala de aula", reuniões nas quais os próprios alunos, com o auxílio dos educadores, colocam as situações de assédio, dialogam e chegam a acordos sobre o que deve ser feito. Estes encontros acontecem uma vez por mês ou quando são registrados episódios que demandam a convocação desse tipo de reunião. As próprias crianças escrevem os acordos fechados em uma espécie de ata, uma metodologia que tanto alunos quanto professores avaliaram positivamente.
De acordo com Soledad, esta "é uma forma de expor questões, dar limites, fixar compromissos com as crianças".
"Tivemos resultados muito bons. As situações de violência levadas às equipes de orientação diminuíram. Nestes dois anos, conseguimos descer em mais de 70% a quantidade de chamados de ajuda externa para casos em que a escola não podia resolver", destacou.
Esta diminuição, segundo explicou, responde ao fato de que agora as escolas "possuem ferramentas dentro de sala de aula e com as próprias crianças e os docentes para resolver as situações".
O modelo, que começou a ser aplicado em 2016, já foi adotado por 120 colégios de Buenos Aires e, segundo anunciou o prefeito hoje, o objetivo é que até o ano que vem as 427 escolas primárias da cidade tenham incorporado a metodologia.
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