A faca utilizada por Adélio Bispo contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante a campanha eleitoral de 2018 em Juiz de Fora (MG) poderá virar uma peça de museu. O pedido para que o item componha o acervo de alguma instituição foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), em Juiz de Fora, sob a justificativa de que o objeto tem valor histórico. A Justiça Federal deverá analisar a solicitação na próxima semana.
A possibilidade de a peça ser destinada a um museu está prevista no Código Penal. Segundo a legislação, os instrumentos do crime, quando possuem valor histórico, podem ser recolhidos a um museu criminal, se houver interesse na sua conservação. É com base nesse entendimento que a faca poderá se tornar uma peça de museu.
“A ideia é que a União se manifeste sobre isso, pela natureza de seu acervo e acesso ao público, pesquisadores, historiadores. É um elemento material histórico importante e relevante”, explicou o procurador da República Marcelo Medina, responsável pelo pedido.
Desde o ataque ao presidente, a faca está guardada na 3ª Vara Federal em Juiz de Fora, onde correm investigações relacionadas ao caso. O material estava com a Polícia Federal. À época, foi apreendida pela polícia logo após Adélio dar o golpe no então candidato à presidência.
Caso o pedido seja aceito pelo juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal, ainda será necessário ser decidido qual museu receberá o artefato. A decisão para o local de destinação, no entanto, poderá ter influência do chefe do Executivo Federal, uma vez que ficará a cargo da União.
Caso o pedido seja julgado improcedente, o material deverá ser destruído, como é feito com as demais provas utilizadas nos processos.
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