A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) concedeu sua primeira entrevista após ser denunciada como mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo. A reportagem foi exibida no Conexão Repórter, do SBT, nesta segunda-feira.
A parlamentar acompanhou o repórter Roberto Cabrini ao local do crime, a casa da família em Niterói, reconstituindo os detalhes daquela noite, em 16 de junho do ano passado. Segundo Flordelis, ela e Anderson chegaram em casa já de madrugada, em torno das 3h da manhã. Ela conta que eles estavam passeando no calçadão de Copacabana e, no caminho de volta, fizeram sexo no capô do carro em uma estrada deserta.
"Fomos à Copacabana, andamos no calçadão, fizemos as brincadeiras, andamos na praia. Depois fomos para o carro, ele pegou uma pista deserta, não sei dizer o local, só se eu for lá, talvez eu consiga, mas não prestei atenção no caminho. Eu sei que ele chegou em um lugar que tinha muitos carros parados, mas não tinha bar, nada disso. Nós paramos ali, namoramos, que era uma coisa normal nossa, na estrada. Me beijou bastante, eu sentei no capô do carro e tivemos relações. Falei "amor, amanhã a gente vai acordar cedo, né?". Isso foi por volta de 2h e alguma coisa", contou.
Anderson dirigia um Honda Accord, e não o carro blindado da família, que, segundo a investigação, tinha ficado com um filho por sugestão da pastora.
"Isso é mais uma mentira que estão falando a meu respeito. Foi o meu marido que ligou pro meu filho e pediu que levasse para ele o carro esportivo. Quem é que não sabe? Quem conhece meu marido sabe muito bem que ele adorava sair com o carro esportivo", disse.
Flordelis negou que tenha adotado Anderson e que ele tenha sido seu filho adotivo e genro antes de se casarem. Ela disse que ama o marido até hoje e que ele nunca a incomodou ou controlou sua vida. Perguntada sobre as mensagens que trocou com os filhos, sempre falando de Anderson em tom pejorativo, ela afirma que não as escreveu.
"Isso não existe. Não existe ‘escandalizar o nome de Deus’. Se eu tivesse que me separar, eu me separaria. Eu jamais chamaria meu marido de traste. Essa mensagem não foi escrita por mim. Não sei. Eu quero que a Justiça descubra quem escreveu. Meu celular é tipo um celular comunitário em casa. Todo mundo tem acesso ao meu celular. Eu preciso saber quem matou meu marido. Eu não sei. Se eu soubesse, eu falaria aqui agora. Quem matou meu marido está desgraçando com minha vida. Eu não estou escondendo nada", afirmou.
A parlamentar negou por várias vezes ter envolvimento na morte do marido e se disse vítima de uma injustiça.
"Estou vivendo o pior momento da minha vida. Não estou preparada para ser presa, e não vou ser. Porque eu sou inocente, e a minha inocência será provada. Eu não matei, eu não fiz isso que estão me acusando. Eu não fiz. Não é real, não é verdade. É uma injustiça", garantiu.
Utilize o formulário abaixo para comentar.