O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira, 25, que o “indulto da graça” ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) — condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão e a perda dos direitos políticos em decorrência de ameaças aos ministros e por atos antidemocráticos. “O decreto da graça e do indulto é constitucional e será cumprido”, declarou o chefe do Executivo durante a cerimônia de abertura da 27ª Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto. “No passado, soltavam bandidos e ninguém falava nada, hoje eu solto inocentes”, completou Bolsonaro.
No início de sua fala, o mandatário do Palácio do Planalto repetiu que “só Deus” o tiraria da cadeira de Presidência da República. “Eu jamais esperava ser presidente da República. Já que aconteceu, entendo que é uma missão de Deus. […] E para reforçar aqui: só Deus me tira daquela cadeira”, acrescentou. Em outro momento, Bolsonaro voltou a citar o Supremo enquanto discursava sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas. “Se ele [Edson Fachin, relator do processo] conseguir vitória nisso, me resta duas coisas: entregar as chaves para o Supremo ou falar que não vou cumprir. Eu não tenho alternativa”, disse. “O que nós queremos dos Poderes do Brasil? Que olhem para o Brasil e não olhem para o Poder. Cada um, de cada Poder, se quiser disputar a Presidência, está aberto. Tem vaga aí em vários partidos. Quem sabe essa pessoa não seja a terceira via”, sugeriu.
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