João Zoli posa para as lentes de Márcio Farias com os cabelos soltos e o corpo sarado à mostra. Vaidoso assumido, o músico revela, no entanto, que a beleza já chegou a prejudicar sua carreira, quando tentava um espaço como ator, antes da fama.
"A beleza já jogou contra uma vez. Eu participei de uma oficina de atores na TV. Fazia testes lá e um produtor me ligou e falou: ?Não sei se por causa da beleza tudo foi muito fácil na sua vida, mas acho que você tem que se esforçar mais?. Ele nem sabia da história da minha vida, de tudo que passei... Às vezes, as pessoas se confundem e acham que tudo é muito fácil por você ser bonito. Quando me formei em Artes Cênicas, pegava dois ônibus para ir e voltar, chegava em casa uma hora da manhã... Me esforcei bastante porque nada é fácil", relembra ele, que sabe da importância dos cuidados com a aparência para o trabalho.
Aos 26 anos, João tem prestado mais atenção no que digere tanto em termos alimentares como metaforicamente em relação ao o que lê nas redes sociais. "Me considero um cara vaidoso porque sempre estou preocupado em cuidar da pele, do cabelo e do corpo. Mas hoje em dia me preocupo ainda mais em cuidar da saúde", disse ele, que no final do ano passado descobriu três úlceras após vomitar sangue, diz que mudou sua alimentação e tem tentado me estressar menos em 2020.
"Foi um baque. Cheguei a vomitar bastante sangue por causa das úlceras. O médico falou que não era normal alguém da minha idade passar por isso. Então, hoje em dia tenho um cuidado a mais com a alimentação e com o estresse. Tento ficar mais tranquilo e comer de forma mais saudável", conta ele, que tem feito muay thay e se exercitado diariamente.
A música tem sido também uma forma de se manter em paz em meio ao caos vindo com a pandemia da Covid-19. "Tenho tentado me concentrar mais na minha voz e em buscar a paz comigo mesmo. Na pandemia, acabei escrevendo muita música no projeto com o meu irmão, Pedro, para o Zoli. A gente lançou Vestido Azul e agora vamos lançar Mapa Astral. A gente está produzido muita coisa. Ao mesmo tempo, às vezes da aquelas empacadas porque a gente produz e não saber como lançar ou por onde ir. Mas a gente está meio que independente", explica.
O foco na arte também o ajuda a não dar tanta atenção aos ataques que ele recebe desde que seu noivado com Gabi Padro terminou, no ano passado, e se intensificaram após ele postar uma foto ao lado da atual namorada. João conta que os haters chegaram a descobrir o endereço e contato da jovem - que ele prefere deixar no anonimato com medo das ameaças que ela recebe.
"O ataque mais pesado rolou quando eu postei essa foto, que nem mostrava o rosto dela. Mas alguns ataques já vinham rolando quando as pessoas desconfiaram que eu estava com uma pessoa. Acharam o endereço dela e contato. Ela é colocada em vários grupos diariamente onde é xingada e sofre comparações para diminuí-la. Não é legal. Por isso prefiro nem falar o nome dela. Já tem muito ataque", diz ele, que tem reunido algumas mensagens de haters para apresentá-las em um futuro processo judicial.
"A gente foi passando por isso de boa, tentado levar da melhor forma possível, mas rolou esse ataque e depois começaram a envolver mãe, amigos... Os ataques chegaram a me abalar. Já recebi mensagens de pessoas desejando a morte da minha mãe e vó por coronavírus... Coisas muito pesadas em relação a ela também. Tem um grupo incansável que faz vários fakes. Já tenho uma pasta de mais de cem prints de fakes para poder levar na polícia. Ainda sofro uns ataques sim."
Mas a preocupação maior de João é retomar seus projetos assim que a pandemia for controlada. "Vamos lançar mais músicas, retomar alguns projetos na TV e continuar correndo atrás de tudo. A vida é um eterno aprendizado e estou sempre procurando evoluir."
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