A Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta terça-feira que pretende reassentar mais de 450 mil refugiados sírios, cerca de um décimo daqueles atualmente em países vizinhos, até o fim de 2018, mas admitiu que precisa superar o temor generalizado e a manipulação política.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) está exortando nações de todo o mundo a receber sírios para reassentamento, por razões humanitárias para reunificação familiar, tratamento médico ou bolsas de estudo para a conclusão do ensino.
Mais de 4,8 milhões de refugiados sírios fugiram para Turquia, Líbano, Jordânia e Egito para escapar de uma guerra que já matou mais de 250 mil pessoas desde 2011 e deixou 13,5 milhões de pessoas precisando de ajuda dentro da Síria.
Estima-se que outras 500 mil fugiram para a Europa, especialmente para a Alemanha, desde o início de 2015. A população síria pré-guerra era de cerca de 22 milhões de habitantes.
Uma conferência ministerial marcada para quarta-feira irá "se concentrar na necessidade de gerar um aumento substancial de reassentamentos e outras respostas a seu drama", disse o porta-voz do Acnur, Adrian Edwards, à imprensa. "Estimamos que 10 por cento dos 4,8 milhões de refugiados entram na categoria de altamente vulneráveis. Isso significa que bem mais de 450 mil vagas serão necessárias antes do final de 2018."
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