O Parlamento venezuelano não reconheceu neste sábado (5) o novo mandato de Nícolas Maduro e afirmou que a presidência, a partir de quinta-feira, dia do início do novo governo, será considerado usurpada.
O novo presidente do Legislativo, Juan Guaidó, reafirmou a ilegitimidade de Maduro e disse também que a Assembléia Nacional é a "única representação legítima do povo".
Diante da bancada da oposição e de representantes do corpo diplomático, Guaidó também se comprometeu a "gerar as condições para um governo de transição e convocar eleições livres".
A declaração aconteceu um dia depois do Grupo de Lima ter pedido a Maduro para não assumir o novo mandato e transferisse o poder ao Parlamento até que se realizassem "eleições democráticas".
Maduro deve assumir a presidência para o período entre 2019 e 2025 após ser reeleito em 20 de maio em eleições boicotadas pela oposição e não reconhecidas pelos EUA, União Europeia e países latino-americanos.
GRUPO DE LIMA
Os chanceleres do Grupo de Lima assinaram um documento, na sexta-feira (4), em que acordaram em não reconhecer a "legitimidade do novo mandato" do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, por considerar que as últimas eleições presidenciais, em maio, não contaram com as garantias necessárias de um pleito "livre, justo e transparente."
O México foi o único dos 14 países presentes que não assinaram o documento. Firmaram o mesmo os representantes de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
O texto aponta que "as eleições do último dia 20 de maio carecem de legitimidade por não ter contado com a participação de todos os atores políticos venezuelanos, nem com a presença de observadores internacionais independentes", portanto, "sem a garantia dos parâmetros internacionais que caracterizam um pleito livre, justo e transparente". Com informações da Folhapress.
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