A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima um impacto de R$ 10,5 bilhões por ano com o piso salarial dos enfermeiros. De acordo com a CNM, o novo piso da categoria pode causar a demissão de 32,5 mil profissionais ligados à estratégia de Saúde da Família nos municípios. Hoje, o quadro de servidores nesta área conta com 143 mil pessoas. Nesse cenário, a Confederação diz que a aplicação do piso da enfermagem poderia deixar 35 milhões de brasileiros sem assistência médica de qualidade. O estudo divulgado nesta segunda-feira, 12, será apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A corte julga uma ação para decidir se mantém ou não a medida cautelar do ministro Luís Roberto Barroso, que suspendeu o piso salarial da enfermagem por 60 dias. Barroso deu esse prazo para que entidades públicas e privadas da área de saúde apresentem um detalhamento financeiro sobre o efeito da implementação da medida. O julgamento acontece em plenário virtual e os ministros têm até a próxima sexta-feira, 16, para apresentarem os votos. Por enquanto, cinco ministros votaram para manter suspenso o piso salarial da categoria, mas até o fim do prazo do julgamento os ministros podem mudar o voto, pedir vistas ou apresentar pedido de destaque, medida que leva o caso para o plenário presencial.