O Instituto Butantan afirmou nesta quinta-feira (19) que não revelará onde as 120 mil doses da vacina Coronavac recebidas nesta manhã – suficientes para vacinar 60 mil pessoas – serão armazenadas.
A assessoria do Butantan afirmou que o destino das vacinas é sigiloso "por motivo de segurança”. O temor é que as doses do imunizante possam ser alvo de "invasão" ou "sabotagem".
Essas 120 mil unidades da Coronavac fazem parte de uma remessa total de 6 milhões de doses do imunizante que serão produzidas pela Sinovac na China e enviadas prontas para o Butantan.
Em vídeo publicado em sua conta no Twitter, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a chegada dessas doses da Coronavac é um "marco muito importante diante de uma pandemia que já levou a vida de mais de 166 mil brasileiros".
Ainda neste mês, o Butantan espera receber 600 litros de matéria-prima da Sinovac para iniciar a produção local da vacina. Dimas Covas, diretor do centro de pesquisa, estima que o estado de São Paulo terá 46 milhões de doses de vacinas até janeiro de 2021.
Dados preliminares dos testes clínicos com a vacina publicados na terça-feira (17) na revista médica The Lancet mostraram que a vacina induziu uma rápida resposta imune, mas o nível de anticorpos produzidos foi menor do que o visto em pessoas que se recuperaram da doença.
Embora os testes em estágios inicial e intermediário não tenham sido desenvolvidos para determinar a eficácia da Coronavac, os pesquisadores disseram que ela pode fornecer proteção suficiente, com base na experiência com outras vacinas e em dados de estudos pré-clínicos em macacos.
As descobertas da Sinovac, publicadas em artigo revisado por outros cientistas na Lancet são dos testes clínicos em Fases 1 e 2 realizados na China, com mais de 700 participantes.
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