O tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, condenado a 36 anos de prisão por ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, foi expulso da PM. A decisão foi tomada por unanimidade pelos desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio no último dia 16. O crime aconteceu em agosto de 2011, e o oficial foi preso pelo crime um mês depois.
Em dezembro de 2013, o oficial foi condenado a 36 anos de prisão por ser o mandante do crime. A sentença foi mantida em segunda instância, três anos depois. Nos últimos seis anos e oito meses, ele cumpriu pena em várias unidades prisionais do país. Hoje está preso na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
O processo administrativo que determinou a demissão do tenente-coronel Claudio Luiz da PM — chamado de Conselho de Justificação — passou cinco anos parado. Em maio de 2012, ele foi beneficiado por uma decisão da desembargadora Gizelda Leitão, que determinou a interrupção do processo até que houvesse o julgamento em segunda instância. O procedimento só foi retomado em fevereiro de 2017.
A magistrada foi executada por homens de capacetes, que estavam de tocaia. Os matadores usaram pistolas de calibre 40 e 45, de uso restrito da PM e das Forças Armadas. A investigação da Polícia Civil concluiu que a morte foi tramada por um grupo de policiais militares que eram investigados pela juíza. Todos os PMs eram acusados de envolvimento com grupos de extermínios e suspeitos de corrupção. Apesar de ameaçada de morte, Patricia Acioli estava sem escolta policial quando foi abordada pelos assassinos.
Ao todo, 11 policiais foram condenados pelo crime. Nove eram praças: o sargento Charles de Azevedo Tavares; os cabos Alex Ribeiro Pereira, Jeferson de Araújo Miranda, Sammy dos Santos Quintanilha Cardoso, Sergio Costa Júnior, Carlos Adílio Maciel Santos, Jovanis Falcão Junior; e os soldados Junior Cezar de Medeiros e Handerson Lents Henriques da Silva.
Além deles, a Justiça condenou dois oficiais da Polícia Militar: o tenente Daniel Santos Benitez Lopez e o tenente-coronel Cláudio Luiz — então comandante do 7º BPM (São Gonçalo) e apontado como o mandante da execução.
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