Lyra teve a saúde abalada após contrair Covid-19. Apesar de não apresentar mais o vírus, as sequelas da doença lhe causaram uma forte pneumonia, levando o ex-político ser internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital MedRadius, em Maceió.

Parentes do usineiro confirmaram que ele vivia recluso em um apartamento no bairro da Ponta Verde, orla maceioense, sob os cuidados de familiares e alguns empregados.

Bacharel em Direito, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), ele fundou o Grupo João Lyra, que atuou no setor sucroalcooleiro, presidindo a Laginha Agroindústria S.A., a matriz Usina Laginha, na cidade de União dos Palmares, partir de 1951, chegando a presidir o Sindicato da Indústria do Açúcar do Estado de Alagoas entre 1971 e 1974.

Na política João Lyra se lançou ao Senado em 1982, pelo Partido Democrático Social (PDS). Sua chapa com Guilherme Palmeira foi vitoriosa com 259.581 votos. Assumiu o mandato de senador no dia 2 de janeiro de 1989, substituindo o titular Guilherme Palmeira, que foi eleito prefeito de Maceió em novembro de 1988.

Em 2002, João Lyra foi candidato a deputado federal pelo PTB e, com uma votação de 112.949 votos, ficou em primeiro lugar dentre as nove vagas em disputa. Nas eleições de 2006, foi candidato pelo PTB ao Governo de Alagoas, ficando em segundo lugar com uma votação de 400.678 votos. Nas eleições de 2010, João Lyra foi candidato pela segunda vez para deputado federal pelo PTB, ficando em 4º lugar dentre as nove vagas em disputa.

Na comunicação João Lyra também criou O Jornal, a antiga Rádio Jornal AM e o portal de notícias Mais Alagoas.