A manhã desta quarta-feira (07) foi de liberdade para boa parte dos animais silvestres capturados pela nona etapa da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Bacia do São Francisco, coordenada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL). Cerca de 140 animais silvestres foram devolvidos à seu habitat natural após acolhimento e tratamento no centro de triagem provisório montado em Santana de Ipanema, no Sertão alagoano.
Pássaros das espécies galo de campina, extravagante, rolinha e azulão, além de preás e até uma jiboia foram devolvidos à natureza na região do Alto Sertão alagoano, pela equipe de fauna da FPI, formada por técnicos do IMA, IBAMA, IPMA (Instituto de Preservação da Mata Atlântica) e as ONG’s Animalia e SOS Mata Atlântica.
Epitacio Correia, coordenador da equipe fauna e gerente de fauna, flora e de unidades de conservação do IMA, explica que o local de soltura dos animais precisa atender a uma série de pré-requisitos.
“A gente procura uma área que tenha segurança, que seja isolada de áreas urbanas, já que boa parte desses animais passaram um tempo em cativeiros e são acostumados com a presença humana. Então, quanto mais distante maiores as chances de sucesso. Além disso precisa ter recursos disponíveis tanto de alimentação e hídricos porque é o que vai fazer o animal, principalmente nos primeiros dias, se adaptar de uma maneira mais confortável”, explica Epitacio Correia.
Os animais capturados pela nona etapa da FPI passam desde a ação de captura passam por uma triagem inicial, separando as espécies por grupo. Já no centro de triagem eles recebem os devidos cuidados que incluem alimentação, hidratação, desverminação e suplementação vitamínica.
“Nós já vamos isolando os mais debilitados. Aqui na triagem os profissionais fazem a contabilização das especieis e iniciam o atendimento veterinário com avaliação de asa, de estado físico, comportamental. Eles passam por um processo de anilhamento por amostragem e com isso nós temos um controle de quantos animais foram soltos e onde isso aconteceu”, completa o coordenador da equipe Epitacio Correia.
Alguns animais, dos mais de 200 capturados pela fiscalização e entregues voluntariamente à FPI, irão precisar de um período maior de cuidados veterinários já que estavam fracos com fraturas de asa e outros membros. Estes passarão por uma série de cuidados especiais até que tenham condições de voltar à natureza.
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