O Mar à Vista é uma série animada que se passa na maior unidade de conservação marinho-costeira, a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APACC). Nos episódios, a turma do Mar à Vista desvenda mistérios, conhece lugares e nos apresenta a fauna, flora e cultura alagoana sob uma nova perspectiva. 

A equipe propôs para a premiação, o desenvolvimento de uma plataforma pedagógica.

“Nós enxergamos a carência educacional quando o assunto é o meio ambiente e a cultura oceânica. O descaso com os mares infelizmente ainda é um problema mundial, sobretudo num país como o Brasil que tem quase 11 mil km de costa. Então, foi planejada a Plataforma Educacional “Mar à Vista” com conteúdo online e offline para crianças de 02 a 10 anos. Começamos há dois anos com duas alunas de graduação e um ano depois, já éramos quase 40 voluntários. Uma equipe grande, multi e transdisciplinar, apaixonada pelo projeto e por seu impacto potencial”, conta a equipe do projeto.

Segundo a profa Ana Malhado, a plataforma busca inovar, utilizando recursos de Edutainment, que é a produção de conteúdo com soluções tecnológicas ou métodos de ensino aplicando ferramentas de entretenimento. “Usaremos essa linguagem para proporcionar um espaço multidisciplinar com os conteúdos das bases curriculares nacionais inseridos na cultura oceânica. As matérias trarão uma didática lúdica, utilizando nosso desenho animado, jogos interativos, músicas e projetos pedagógicos a serem desenvolvidos nas escolas. Em um segundo momento, também iremos inserir a formação de professores com certificação e uma área para pais e educadores”, completou.

De forma democrática e acessível, a proposta é expansível e replicável, alinhada às diretrizes e demandas da Década dos Oceanos e dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável.

O prêmio, que será investido nas duas primeiras etapas, permitirá que o “Mar à Vista” possa se transformar em Plataforma Educacional com consultoria pedagógica para adequar os conteúdos às diretrizes educacionais brasileiras e também o investimento numa versão beta.

“Mas e se a Plataforma do “Mar à Vista” tivesse surgido há 20 anos? Imaginem se a cultura oceânica fizesse parte do dia a dia das crianças desde o início do século. Como esses jovens-adultos estariam se comportando hoje? Nosso objetivo é em até 5 anos atingir no mínimo 30 mil crianças do ensino fundamental e em 10 anos mais de 100 mil, e vamos descobrir, de volta para o futuro, como as crianças podem se tornar guardiões do oceano”, finalizou a coordenadora.

O projeto PELD-CCAL recebe apoio da FAPEAL e do CNPq. Tem parceria com o ICMBIo APA Costa dos Corais e a Plataforma será desenvolvida em cooperação com o Instituto Ayni de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Social.