De acordo com os autos, desde a homologação do PRJ, vários credores se manifestaram alegando não terem recebido os pagamentos acordados. Afirmam ainda que tentaram entrar em contato com a administradora judicial da empresa, não obtendo resposta.

Intimada, a administradora apresentou documentos, tendo sido constatados diversos credores sem pagamento. A administradora judicial teria ainda silenciado quanto à forma de como pretendia quitar suas pendências.

“Diante de tudo que fora exposto, das informações que constam dos autos, da inércia da devedora em prestar esclarecimentos precisos acerca das manifestações dos credores que apontam o descumprimento do PRJ, além da análise feita pela administradora judicial acerca dos documentos acostados, resta incontestável o descumprimento do Plano de Recuperação Judicial em todas as classes de credores”, consta na decisão.

Ainda segundo os autos, a recuperação judicial da empresa já ultrapassa 11 anos. "É, pois, um dos casos mais antigos do Estado de Alagoas e que se arrasta sem solução definitiva há anos, requerendo a prestação jurisdicional, já que a devedora não cumpriu os termos do Plano a que se submeteu, tampouco demonstra alternativa na solução de suas obrigações".

A decisão foi proferida pelos juízes Amine Mafra, Larrissa Gabriella e Thiago Morais. Com a falência, os bens da empresa serão arrecadados e, posteriormente, vendidos para pagamento dos credores.

Matéria referente ao processo nº 0000407-22.2008.8.02.0025