O Ministério Público de Alagoas (MPAL) ajuizou uma ação civil pública com pedido de tutela antecipada contra as concessionárias de energia elétrica Equatorial/AL e Neoenergia Pernambuco, visando defender os moradores de comunidades de Santana do Ipanema, no Sertão alagoano. A denúncia destaca a falta de fornecimento regular e a precariedade na manutenção da rede elétrica, gerando prejuízos em diversos serviços essenciais.
As áreas afetadas incluem o Povoado São Raimundo e os sítios Serra dos Meninos, Serra do Couro, Serra Preta e Serra Nova, situados na divisa entre Águas Belas (PE) e Santana do Ipanema (AL). O impasse entre as empresas gira em torno da transferência da rede de distribuição. A Neoenergia, que anteriormente atendia essas localidades, desistiu da prestação de serviços em Alagoas, mas a Equatorial ainda não assumiu a rede devido a pendências no processo de transição.
Enquanto isso, os moradores enfrentam dificuldades para obter comprovantes de residência, essenciais para serviços como saúde, educação, emissão de documentos e operações bancárias.
Segundo o promotor de Justiça Alex Almeida, foram realizados procedimentos administrativos, reuniões e audiências ao longo de 2024, sem sucesso. Diante disso, o MPAL solicita que:
A Neoenergia envie à Equatorial o georreferenciamento da rede, os respectivos equipamentos e o arquivo KMZ, além da declaração de carga instalada.
A Equatorial atualize imediatamente os comprovantes de residência dos moradores.
Ambas as empresas sejam condenadas a indenizar os consumidores individualmente pelos danos materiais e morais, além de danos morais coletivos, com valores a serem definidos pela Justiça.
As concessionárias publiquem amplamente a sentença em veículos de comunicação regional, permitindo que outros consumidores prejudicados também se manifestem.
O prolongado impasse entre as concessionárias afeta diretamente a qualidade de vida dos moradores, que dependem de serviços básicos para suas necessidades diárias. “As pessoas continuam sendo lesadas enquanto as empresas discutem suas responsabilidades. É inaceitável que a população pague por essa inércia”, enfatizou Alex Almeida.
Agora, a Justiça deverá decidir sobre as medidas solicitadas pelo Ministério Público, enquanto a população aguarda uma solução definitiva para o problema que já se arrasta há anos.
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