Uma das razões para isso é o isolamento determinado pelas autoridades locais e cumprido rigorosamente pelos agentes de segurança, profissionais de saúde e pela população.

Para entrar em Pariconha, por exemplo, é preciso comprovar que tem residência na cidade, que trabalha nela ou que está transportando alguma carga de produtos essenciais, como alimentos, água ou botijão de gás.

Por essa razão, a barreira sanitária instalada desde o início da pandemia no principal acesso à cidade é uma das mais criteriosas de Alagoas. Agentes de segurança do município, policiais militares e profissionais da saúde estão lá 24 horas por dia, todos os dias.

Quem é da cidade e está chegando de alguma viagem precisa relatar por onde passou, de onde está vindo e seguir para a residência num veículo ofertado pela prefeitura, após receber todas as orientações de comportamento e quarentena, se for o caso.

Dentro do município, continua o trabalho preventivo, com a distribuição de máscaras realizada por agentes comunitários de saúde.

“Todo mundo na casa recebe. Já temos a quantidade das pessoas que moram na área de cada agente comunitário para fazermos as entregas”, relatou a agente comunitária de saúde, Simária Alves.

Além disso, a Vigilância Sanitária do município fiscaliza se as pessoas nas ruas estão usando máscaras, se estão mantendo a distância necessária de uma para outra nas filas e como está o funcionamento de estabelecimentos comerciais.

Todas as medidas adotadas em Pariconha fazem parte de um decreto municipal, editado em consonância com o decreto estadual e as normas do Ministério da Saúde.

“Se fez necessário, há mais ou menos 45 dias, que nós iniciássemos um decreto municipal de forma preventiva, para que nossa população se precavesse no que se diz respeito à covid-19. Essa orientação é dada ao munícipe, e se por ventura houver a grande necessidade de sair da cidade, tem que receber uma orientação que ao retornar de um município crítico da Covid-19 ficará de quarentena e assinar um termo de declaração”, explicou o prefeito de Pariconha, Fabiano Ribeiro, que é médico.

Esse conjunto de medida está fazendo com que Pariconha, cercado por municípios com casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus, não tenha nenhum paciente diagnosticado com Covid-19 até agora.

Por enquanto, os testes rápidos disponíveis no município são realizados apenas em idosos, profissionais da Saúde e das forças de Segurança Pública com sintomas suspeitos, mas esse atendimento será ampliado, conforme explicou a secretária municipal de Saúde, Aline Barros.

“A gente ainda não tem esse recurso suficiente. A gente não recebeu em contas recursos suficientes para o município de Pariconha. É assustador para o município, mas a gente está tentando da melhor forma para comprar os EPIs, jamais faltar. O município de Pariconha está muito bem abastecido, com relações aos EPIs, que a gente vem organizando de forma planejada, pagando aos nossos fornecedores, porque o coronavírus não sabemos até quando teremos essa demanda”, emendou a secretária.

Assista ao vídeo: