O conselho de administração da Petrobras aprovou na quarta-feira (30) a venda, por US$ 300 milhões - o equivalente a R$ 1,49 bilhão no câmbio atual - das suas sete unidades em Alagoas. A compradora é a Petromais Global Exploração e Produção S.A. (Petro+), empresa brasileira de integração energética presente em atividades de exploração, produção e comercialização de petróleo e gás natural a partir de campos terrestres e em projetos de geração de energia termoelétrica.
Em comunicado, a petroleira informou que o pagamento será dividido em uma parcela de 60 milhões de dólares, a ser quitada na assinatura do contrato, e outra de 240 milhões de dólares no fechamento da transação, que está sujeito a condições precedentes, como a aprovação da reguladora ANP. "Os valores não consideram os ajustes devidos até o fechamento da transação, que está sujeito ao cumprimento de certas condições precedentes, tais como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)", informou a estatal, por meio de fato relevante.
O Polo Alagoas, como é conhecido, é composto por sete concessões terrestres e de águas rasas, incluindo as unidades de São Miguel dos Campos e Pilar -as mais produtivas da companhia no Estado. Juntas, registram produção média de 1,9 mil barris por dia de óleo e 602 mil metros cúbicos diários de gás natural entre janeiro e maio deste maio.
Além dos campos e suas instalações de produção, está incluída na transação a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Alagoas, com capacidade para processar 2 milhões de metros cúbicos por dia, disse a Petrobras.
A companhia informou ainda que a operação aprovada nesta quarta-feira está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e melhoria de alocação do capital da companhia, que passa a concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra profundas, "onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos". "A celebração do contrato de compra e venda e as etapas subsequentes serão divulgadas ao mercado oportunamente", informou a estatal.
No início de maio, a Petrobras já havia assinado contrato para a venda da totalidade de sua participação de 50% no campo terrestre de Rabo Branco, localizado na Bacia de Sergipe-Alagoas, no estado de Sergipe, com a Petrom Produção de Petróleo & Gás. A operação somou US$ 1,5 milhão e foi integralmente depositado em conta-garantia em benefício da Petrobras.
A assinatura decorreu do exercício do direito de preferência pela Petrom, que já detinha os 50% restantes de participação no campo. Antes, em 11 de dezembro de 2020, a Petrobras assinou com a Energizzi Energias do Brasil Ltda. (Energizzi) contrato de compra e venda da totalidade de sua participação no campo de Rabo Branco, mas a operadora Petrom decidiu exercer seu direito de preferência.
O campo terrestre de Rabo Branco faz parte da concessão, localizada ao sul do campo de Carmópolis, na Bacia de Sergipe-Alagoas, no estado de Sergipe. A produção média do campo, no ano de 2020, foi de 131 barris de petróleo por dia (bpd).
Refinarias
Em fevereiro, a Petrobras concluiu as negociações com a Mubadala Capital para vender a refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada na Bahia. A empresa dos Emirados Árabes Unidos, que atua no Brasil desde 2011, ofereceu US$ 1,65 bilhão (cerca de R$ 8,9 bilhões) pelo parque de refino e seus ativos logísticos. A assinatura do contrato, no entanto, está sujeita à aprovação pelos órgãos fiscalizadores.
A Petrobras ainda espera concluir as vendas das refinarias Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul; Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas; Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco; Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais; da Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará; e da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.
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