“A proposta da nova reforma tributária é um verdadeiro massacre aos municípios. A proposta do governo parece levar Estados e municípios a falência enquanto desonera e privilegia ricos e grandes empresas, promovendo maior desigualdade social em nosso país. Promove injustiça social desequilibrando ainda mais o pacto federativo e a relação entre os entes”, declarou o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos, Hugo Wanderley, na terça-feira, (20), em entrevista ao jornalista Kelmenn Freitas, do Jornal Gazeta de Alagoas.
Hugo Wanderley se referiu ao relatório da Reforma do Imposto de Renda (IR) apresentado pelo deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA), na terça-feira (13). A proposta desonera a renda das empresas e pessoas mais ricas do país, em um momento em que o mundo tenta avançar em sentido contrário, e gera um rombo de pelo menos R$ 30 bilhões nas contas públicas. Desse valor, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que R$ 13,1 bilhões serão subtraídos dos cofres municipais, enfraquecendo os serviços públicos prestados à população mais vulnerável.
“Se o Congresso Nacional deseja reduzir a carga tributária do país, que o faça preferencialmente reduzindo a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) das empresas e os tributos sobre o consumo, que são muito altos no Brasil. Mas não promova uma deterioração na receita do IR, tão importante para reduzir as desigualdades de renda na sociedade e na federação, por meio dos Fundos de Participação de Estados e Municípios.”, afirmou Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
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