Paloma Lorrany da Conceição Lima é a primeira mulher trans a se graduar no Campus do Sertão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Ela entrou no curso de Pedagogia em 2016 e concluiu as disciplinas em 2019, mas veio a pandemia de Covid-19 e só recentemente ela conseguiu apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), para obter o diploma.
A egressa da Ufal destaca que durante a graduação teve todo o acolhimento pedagógico e acadêmico que precisou para desempenhar suas atividades. “Eu entrei com o processo para adotar o meu nome social durante o curso. Tornei-me formalmente a Paloma Lorraine em 18 de maio de 2017, depois de um ano e meio de espera”, conta ela.
Paloma é de Água Branca, município vizinho à Delmiro Gouveia, onde fica a sede do Campus do Sertão (Ufal). “Considero que alavanquei todos os obstáculos da minha vida e sigo hoje de cabeça erguida. A Ufal foi uma casa para mim, foi uma família. Aqui foi onde me descobri como Paloma Lorrany. Tive apoio da gestão acadêmica e de alguns professores nessa transição”, destaca a egressa da Ufal.
A pedagoga garante que não vai parar com os estudos. “Hoje estou bem mais confiante e tenho projetos. Quero fazer o mestrado e quem sabe até o doutorado. Também estou estudando para ser técnica em Enfermagem. Além disso, estou recebendo convites para palestras sobre o enfrentamento à discriminação e o respeito à diversidade de gênero, nas escolas”, conclui Paloma.
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