Dezesseis profissionais que faziam a vigilância do Canal do Sertão estão suspensos do trabalho, e o empreendimento, nos trechos que já possuem água, está há um mês sem nenhuma segurança.
Isso porque, de acordo com comunicado que teria sido feito pela empresa de vigilância Scoltt aos funcionários, o Estado não vem fazendo os pagamentos. A informação foi repassada ao Correio Notícia por um dos vigilantes que estão afastados do trabalho desde o dia 6 de março, data em que ocorreu a reunião com representantes da empresa, e que pediu para não ser identificado.
Segundo ele, os locais onde havia vigilância 24 horas por dia eram a estação elevatória, que é o ponto de partida da água e onde se encontram as bombas, e um antigo posto da empresa Queiroz Galvão perto do povoado Alto dos Coelhos, em Água Branca, que também serve de base para o empreendimento e onde são guardados materiais. Nesses locais, os profissionais trabalhavam em turnos de 12 por 36 horas.
Além disso, os vigilantes faziam rondas pelo Canal, nos trechos que já possuem água e estão em uso. Com a suspensão dos serviços de vigilância, tornam-se mais comuns os casos de pessoas usando o local para banhos ou pesca – o que é proibido –, animais na margem do Canal, com risco de acidentes, e a possibilidade de depredação ou furto dos equipamentos.
“Sem o serviço de vigilância, caso algum animal caia dentro do Canal e ele não seja retirado pela própria população, pode até apodrecer dentro da água”, relatou o vigilante. “Nosso salário está em dia, a empresa nos pagou todos os meses, mas desde o mês passado que estamos sem trabalhar e sem receber, pois fomos suspensos”, acrescentou. A empresa Scoltt, segundo ele, já prestava serviços de vigilância no Canal do Sertão há cerca de quatro anos.
O Correio Notícia questionou a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), que faz a gestão do Canal do Sertão, a respeito da suposta dívida com a empresa de vigilância. A Assessoria de Comunicação da pasta informou que iria apurar o caso, mas até a publicação desta matéria não confirmou nem refutou a denúncia.
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