A multa rescisória prevista em contrato era de R$ 60 milhões, e as partes negociavam, desde o início da semana, uma composição desse valor. Inicialmente, o jogador não abria mão da quantia. Depois, propôs receber cerca de 50%. O Cruzeiro rejeitou de prontidão.

No entanto, após conversas com o staff e com situações concretas em relação ao mercado, Dudu aceitou reduzir em quase 75% o valor da multa. Assim, jogador e clube chegaram a um acordo para pagamento parcelado de cerca de R$ 15 milhões, quantia que equivale aos salários que teria direito até o fim do ano.

Com isso, o atacante ficará livre no mercado. Grêmio e Atlético monitoram o jogador para a próxima janela. Como ele não completou sete jogos pelo Brasileiro, ele pode defender qualquer equipe da Série A. Na quinta-feira, Dudu também foi ausência no jogo contra o Vila Nova, pela Copa do Brasil. Caso a saída se confirme, ele pode defender outro clube na competição.

Dudu movimentou o noticiário do Cruzeiro nos últimos sete dias. Isso porque foi retirado do jogo contra o Vasco, no fim de semana, após reclamar publicamente da decisão de Leonardo Jardim em colocá-lo no banco de reservas.

A situação foi o estopim de uma relação que se estremeceu no decorrer de abril, justamente após o atacante deixar a titularidade, a partir do jogo contra o São Paulo. A postura nos treinamentos e nos jogos em que foi acionado não agradou à comissão, que o afastou com aval da diretoria de futebol.

No decorrer da semana, o staff do jogador e a diretoria tiveram mais de uma conversa com intuito de rescindir o contrato que ia até 2027.

Em meio ao imbróglio, surgiram interessados em contar com o jogador. Os principais, até o momento, são Atlético-MG e Grêmio, que contataram o staff de Dudu. Ambos, no entanto, aguardavam definição entre o atacante e o Cruzeiro para iniciarem negociações concretas.