Autoridades portuguesas estão investigando o pagamento de € 9 milhões (cerca de R$ 54 milhões na cotação atual) em comissão para dois agentes na transferência do zagueiro Éder Militão do Porto para o Real Madrid, em 2019. A negociação saiu por cerca de € 50 milhões (R$ 215 milhões à época). As informações foram publicadas primeiramente pelo jornal "Público", de Portugal, na quinta-feira, e aprofundadas pelo "Guardian", da Inglaterra, neste sábado.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) é o órgão responsável pela investigação, que faz parte da "Operação Cartão Vermelho". As ações da polícia relativas a esse trabalho levaram à detenção do presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira.
O mandatário do clube e o seu filho, o agente Bruno Macedo, são acusados de organizar esquema de fraude e lavagem de dinheiro, desde 2014, com o envolvimento em transferências de atletas do Benfica.
Segundo o "Público", as investigações também estão em cima da comissão paga pelo Porto a Macedo e seu parceiro, o empresário brasileiro Giuliano Bertolucci, na transação de Éder Militão para o Real.
De acordo com o balanço financeiro da época, o Porto vendeu o zagueiro para o clube espanhol por €50 milhões, com o embolso de € 28,4 milhões. Os outros € 21,6 milhões foram destinados a três partes, sendo duas para Macedo e Bertolucci.
O jornal "Guardian" também procurou o São Paulo para esclarecer informações da transferência do defensor para o Porto, mas não houve retorno. O ge noticiou na época que essa transferência foi por € 7 milhões, sendo que € 4 milhões ficariam com o clube paulista, e outros € 3 milhões seriam para o staff do atleta.
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