A Delegacia de Piranhas está superlotada de presos, pondo em situação humilhante e constrangedora os detentos. O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) tentou evitar a recolocação de grades na delegacia, buscando contato com a Defensoria Pública de Delmiro Gouveia, que responde pela cidade de Piranhas, com o Ministério Público e a Prefeitura da cidade.
Para interditar a carceragem, a Defensoria propôs uma ação civil pública, processo n° 0700428-24.2017.8.02.0030, que teve decisão proferida pela juíza Amine Mafra Conrado, a qual deu prazo de 72 horas ao Estado de Alagoas se pronunciar.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, o diretor de Comunicação, Edeilto Gomes e o Conselheiro de Ética Etélio Malta se reuniram com o Defensor Público, Wagner de Almeida Pinto, nesta quinta-feira (09), e destacaram que os policiais civis não aguentam mais a precária situação e a superlotação de preso.
Ricardo Nazário informa que a delegacia de Piranhas não possui a mínima estrutura e nem segurança para abrigar os detentos. “A delegacia, que não possuía carceragem, está com 13 presos em situação degradante. O Governo do Estado não tem uma política e nem planejamento nesse caso. Volta a colocar os presos em locais inadequados”, desabafa.
Além do excesso de presos, a delegacia está cheia de carros e motos espalhados pelo pátio, acumulando lixo e poeiras. O alojamento está cheio de materiais das delegacias. Há fiação elétrica exposto. O aparelho de condicionador de ar está quebrado e existem infiltrações nas paredes, tornando o ambiente insalubre.
A cidade de Piranhas, que é turística, está recebendo presos de outras cidades, muitos deles estavam na Delegacia Regional de Delmiro, que passa por reformas e será transformada em Casa de Custódia.
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