O homem acusado de matar o irmão por engano, na madrugada do último domingo (14), no Sítio Caldeirão, em Mata Grande, apresentou-se à polícia na manhã desta quarta-feira (17). Firmino Nunes Pauferro, 27, foi ouvido no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), situado na cidade.
Acompanhado de um advogado, o suspeito alegou em depoimento para a polícia que foi surpreendido durante a madrugada com alguém invadindo a casa dele e atirou, pensando tratar-se de um ladrão ou algum malfeitor interessado em fazer mal a ele e a família.
A versão condiz com o relato dado à polícia pelo pai dos dois irmãos. José Carlos Gomes Pauferro contou que o filho estava embriagado, quando, por volta das 3h40, decidiu dormir na casa do irmão e o chamou na porta, mas, como não foi ouvido, resolveu invadir imóvel.
Ainda de acordo com o pai, ao escutar o barulho de alguém invadido a residência, Firmino sacou uma espingarda e atirou na pessoa que tinha acabado de entrar no imóvel. Depois de atingis o invasor, o suspeito acendeu a luz de casa e notou que se tratava do próprio irmão, Aloísio Nunes Pauferro, 29.
O pai da vítima e do suspeito contou ainda para polícia que o filho que atirou o chamou para pedir ajuda. Seu José Carlos socorreu o filho baleado, levando-o para o hospital da cidade, onde ele morreu pouco tempo depois de dar entrada.
Suspeito de homicídio contra o próprio irmão, Firmino compareceu ao CISP levando a espingarda utilizada no crime. Ele foi ouvido pelo delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti, responsável pela 28ª Delegacia de Polícia (DP), situada na cidade. Como não estava em flagrante delito pela morte do irmão e não havia mandado de prisão em aberto, ele pagou fiança por posse ilegal de arma de fogo e foi liberado.
Segundo o delegado Rodrigo Cavalcanti, apesar de não ter ficado preso, o homem continua respondendo aos processos por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo e está à disposição da Justiça. “O crime está devidamente esclarecido”, finalizou o delegado.
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